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Portugal quer duas medalhas, 12 diplomas e 26 resultados até ao 16.º nos Jogos Olímpicos

18 de julho às 13h01
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Portugal tem meia dúzia de verdadeiros candidatos aos dois pódios contratualizados pelo Comité Olímpico de Portugal (COP) com o Governo para Tóquio2020, pelo que se metade tiver êxito fica justificado o reforço da aposta financeira no projeto olímpico.

Os 18,5 milhões de euros (ME) investidos para Tóquio2020, um aumento de 13,5% face aos 16 ME do Rio2016, têm como objetivo concreto e mensurável duas posições de pódio, 12 diplomas (classificações até ao oitavo lugar), bem como 26 resultados entre os 16 primeiros.

Os desempenhos internacionais nos dois últimos anos, sobretudo no atletismo, judo e canoagem, mesmo tendo em conta os quadros competitivos condicionados em 2020, devido à pandemia de covid-19, auguram boas perspetivas, embora nem sempre estes tenham correspondência em Jogos Olímpicos.

“Não é possível estar no pico de forma nos Europeus e mantê-lo até aos Jogos. Grande parte dos medalhados olímpicos resguardam-se em anos de Jogos Olímpicos”, advertiu José Manuel Constantino, quando, após o Rio2016, que se saldou pela medalha de bronze da judoca Telma Monteiro.

No balanço dos últimos Jogos, o presidente do Comité Olímpico de Portugal (COP) assumiu que o desempenho global não foi do seu agrado.

“Ficámos aquém dos objetivos e das nossas expectativas. Tínhamos previsto que 25% dos atletas, que estavam no nível de topo do apoio olímpico, chegassem às medalhas, ou seja, prevíamos duas, alcançámos uma. Prevíamos 12 diplomas, conseguimos 10. Esperávamos 17 posições de semifinalista, tivemos 18″, enumerou Constantino, na audição parlamentar para avaliação da participação olímpica portuguesa no Rio2016.

O dirigente notou ainda que 60% dos desportistas lusos não confirmaram os resultados que estiveram na origem do apuramento para o Rio2016, bem como a peculiaridade de cerca de metade dos desportistas que receberam bolsa no ciclo olímpico não tenha garantido o apuramento para a estreia dos Jogos na América do Sul.

Em Londres2012, para os quais a tutela investiu 14,6 ME, Portugal conquistou uma medalha de prata, pelos canoístas Fernando Pimenta e Emanuel Silva em K2 1.000 metros, nove diplomas e teve 29 posições dentro dos 16 mais bem classificados, ultrapassando os 24 obtidos em Pequim2008.

“Além do investimento, temos de nos organizar de forma a potenciar aquilo que é o nosso valor e as mais-valias que o país tem. Os resultados não se obtêm de um dia para outro. É preciso definir com tempo onde queremos ir. Temos enormes talentos, não há falta deles, é preciso sim organização e definir um caminho para nos levar à superação”, resumiu, no fim, o Chefe de Missão ao Rio2016, Mário Santos.

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