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Opinião: “Slava Ukraini”

10 de maio às 12h16
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O facto histórico: dia 24 de fevereiro de 2022, após meses de ameaças e posicionamento de milhares de soldados na fronteira ucraniana ao abrigo de “legítimos treinos militares”, Vladimir Putin decidiu invadir a Ucrânia, anunciando ao mundo o início de uma “operação militar especial” que rapidamente se tornou no maior conflito militar na Europa desde a Segunda Guerra Mundial e desencadeou a maior crise de segurança no continente desde a Guerra Fria.
Para alguns arautos do fim da história, no ano de 2022 parecia evidente estarmos perante uma cavalgada triunfal da integração europeia, as relações culturais, desportivas, políticas e económicas faziam adivinhar um amanhã sereno e davam como certo que a paz seria reinante na Europa. Estavam errados! O inimaginável aconteceu, os horrores da guerra estão de volta à Europa em pleno século XXI. Mas, a Ucrânia resistiu!
A Ucrânia é um Estado soberano, membro de pleno direito da ONU e livre para estabelecer autonomamente os seus acordos diplomáticos e económicos. Ao aceitar este precedente bélico de Putin, a comunidade internacional abriria a porta à normalização de novos imperialismos e autoritarismos, à violação dos direitos humanos, à capitulação da Ucrânia e do seu direito inalienável a um desenvolvimento económico sustentável.
As democracias ocidentais perceberam o que estava em causa, foram céleres e condenaram a agressão, adotando um pacote abrangente e robusto de medidas restritivas destinadas a enfraquecer a capacidade do Kremlin para financiar a guerra e diminuir a sua base económica com imposição de pesadas sanções no setor financeiro, na energia e nos transportes.
Contudo, a guerra gerou uma reação em cadeia: provocou graves consequências económicas globais; originou a maior crise migratória desde a Segunda Guerra Mundial (~10 milhões de pessoas); instalou uma guerra de comunicação sobre as diferentes versões do conflito; assistimos à censura e prisão de cidadãos russos cujas opiniões e palavras estão desalinhadas com o diktat do Kremlin!
A retórica belicista do Kremlin subiu de tom com o gesto de Putin ao colocar em alerta as forças nucleares russas, um sinal preocupante e contraditório vindo de um dos 5 pilares do Conselho de Segurança da ONU, cujo dever sagrado é zelar pela paz e concórdia no globo.
Percebemos as alegações russas sobre o contexto político, cultural e histórico que servem de argumentação ao regime do Kremlin para “justificar” a invasão da Ucrânia. Todavia, a agressão militar russa é totalmente ilegal e ilegítima, contra todos os princípios e valores em que a paz na Europa se baseou durante décadas, violando as regras do direito internacional e da soberania nacional.
Neste contexto, a Assembleia da República condena e repudia veementemente a agressão da Federação Russa, a invasão da Ucrânia e os massacres de civis ocorridos, manifestando total solidariedade com o povo ucraniano e pesar pelas vítimas da guerra, apelando ainda à adoção de iniciativas que contribuam para o cessar-fogo e para uma solução negociada do conflito.

A minha actividade durante a semana passada
Participei na Comissão de Administração Pública, Ordenamento do Território e Poder Local
Participei na Comissão de Negócios Estrangeiros e Comunidades Portuguesas
Participei na Comissão de Defesa Nacional
Participei nos Plenários e nas votações ocorridas
Participei na reunião com a Comissão de Integração da Ucrânia na União Europeia e a Comissão de Negócios Estrangeiros e Cooperação Interparlamentar do Parlamento Ucraniano (videoconferência)

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