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Opinião: “Regressar é preciso!”

05 de setembro às 11 h21
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Chegado a Coimbra após o gozo de merecidas férias, esbarrei com um conjunto de notícias importantes e decisivas para muitos cidadãos de todas as gerações.

Vale a pena referir que, durante as férias, bem longe aqui da “paróquia”, fui “abençoado” pela opinião de um conjunto vasto comentadores de incêndios, que me deixou expectante relativamente a 2026. Se lá chegar, note-se!

O desgraçado do eucalipto, que as Mães de antanho, e à falta de químicos colocavam as folhas debaixo do colchão como prevenção de constipações, apenas ocupa cerca de 04% da área ardida em Portugal, parece ter sido mais uma vez o culpado da desgraça nacional.

Os negócios que envolve tudo o que é organizações de combate aos incêndios vão “passar de fininho” pela desgraça. Mais, e pior, os sucessivos governos e governantes vão sair incólumes.

No meio da desgraça e no rescaldo, o Senhor Ministro da Agricultura afirma que a solução, ou uma das soluções para prevenir os incêndios, deverá ser uma aposta forte na pastorícia. Concordo, penso que concordaremos todos! Mas então, como se resolve a não existência de pastores, grandes rebanhos de ovelhas, cabras e “ofícios correlativos” e, sobretudo pasto, se ardeu tudo?

Uma outra questão incomodativa, mesmo muito, é a questão das vagas não preenchidas por alunos que conseguiram vaga no ensino superior em Coimbra. Cerca de 500 alunos não conseguem vir estudar por dificuldades várias.

É lamentável, sobretudo se pensarmos que os sucessivos governos e gestores dos estabelecimentos de ensino superior nem sempre pugnaram pela construção de habitação para estudantes. Quando a crise aparece há sempre argumentos da treta para tal não se ter verificado. Pois, mas não há argumentos para tal incompetência!

A não ser que sejam seguidores – o que comprometeria ainda a sua gestão – da “crise profunda das humanidades”, pois, “produzir sábios em série é a mais tenebrosa das ilusões humanas”! Talvez o problema, dirão, seja o do próprio sistema que alimentamos, a ideia de uma universidade democrática!

Friedrich Nietzsche criticou as grandes reformas democráticas, responsáveis por uma certa mediocridade académica. Mas este,…era louco!

Finalmente os Professores vão-se ver livres dos smartfones na escola. Sobretudo nas salas de aula. Será bom que o Professor seja respeitado em toda a sua actividade, principalmente pelo Estado, que deverá regular o comportamento da comunidade escolar e das famílias. E seria bom também que a justiça fosse célere a “deter”, digo bem, “deter” quem agride Professores e outros agentes do Estado.

É necessária uma profunda reforma do ensino nas suas mais variadas vertentes e dimensões. E não precisas imensas comissões para tratar do tema, já que as causas do desastre estão bem identificadas.

Por último e não menos importante, que as obras que vão ser feitas em muitos estabelecimentos de ensino, prevejam instalações dignas e condignas para a prática desportiva.

Autoria de:

Luís Santarino

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