Um ecossistema tecnológico forte é de capital importância para o sistema económico e social da Europa.

É essencial para criar empregos de qualidade, construir sociedades mais verdes e resilientes e melhorar a qualidade de vida dos cidadãos europeus.

Manter a competitividade tecnológica da UE também é fundamental do ponto de vista geopolítico: a crise da COVID-19 expôs as vulnerabilidades estratégicas da Europa e ressaltou a necessidade de a União Europeia promover a sua própria política industrial enquanto pretende avançar de forma mais determinada em termos de desenvolvimento tecnológico.

2021 foi um ano decisivo para a tecnologia europeia: um recorde de aproximadamente 100 milhões de Euros de capital investido, o surgimento de 98 novos unicórnios e um numero de startups que começa a rivalizar com os EUA, demonstrando que a Europa começa a solidificar a sua posição enquanto potência tecnológica global.

Conforme Carlos Moedas referia regularmente nos corredores de Bruxelas enquanto realizou um excelente trabalho como comissário para a Inovação, ‘espera-se que a próxima onda de inovação digital, que agregará o mundo físico e digital, acabe por aproveitar as fortes tradições da Europa em termos de ciência, investigação e desenvolvimento tecnológico’.

Efectivamente, aproveitar a experiência da Europa em termos de investigação de ponta, potenciar os seus investigadores e cientistas assim como apoiar claramente o seu sistema empreendedor poderá capacitar a Europa para um outro nível global em termos da próxima fase de inovação digital.

Embora reconheça que ainda há espaço para melhorias, é de destacar a posição da Europa globalmente sobretudo nas áreas de investimento em termos de tecnologia de ponta, atraccão de talento tecnológico; criação de ‘Aldeias Nômades Digitais’; dinamização de serviços públicos digitais ou na produção científica em termos de Inteligência Artificial.