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Opinião: E lá voaram 500 milhões

31 de outubro às 11 h53
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O nosso país vive uma enorme crise há muitos anos. Por efeito de várias circunstâncias, o cidadão comum, que somos todos nós, não se apercebe da dimensão.
Aumentar 10 cêntimos o subsídio de refeição, “daqui por uns anos”, praticamente metade, digo metade, do que custa “um pão de bico cá por cima ou um papo seco” no reino dos Algarves, seria o bastante para criar um sketch – cena curta – cujo título seria; “o que é que ainda andas por aqui a fazer ó Montenegro”?
Continuando “por aqui fora”, parece que toda a gente, quase toda diria eu, ficou especialmente ofendida pelo facto do governo – desta vez o Montenegro não é assim tão mau! – afirmar a plenos pulmões que é preciso moralizar (moralizar é da minha lavra) o Serviço Nacional de Saúde cortando as gorduras.
Aliás, todos os governantes socialistas afirmaram a plenos pulmões, durante vários governos, que seria preciso deixar de “enterrar euros no SNS”, iniciando uma reforma para poupar dinheiro que é de todos nós, não prejudicando a sua eficiência.
O Orçamento Geral do Estado, no que à prática diz respeito, é uma completa desgraça. Começando na escola cujo desporto escolar está completamente ao abandono, passando pelas federações e associações desportivas que fazem das tripas coração para manter viva e actuante a sua actividade, e acabando nos clubes em que milhares de pessoas, pais incluídos, se vêm em palpos de aranha para conseguirem encontrar soluções, o país desportivo vai viver uma das suas maiores crises.
Todos sabemos – todos os governos sabem, todos os médicos sabem – que a obesidade infantil é um problema de saúde pública. Não investir na prática desportiva, é sinónimo de “gastar no tratamento ao invés de gastar na prevenção”!
Eu sei que para alguns o tratamento é mais lucrativo, mas com tanta moral e ética apregoada, não seria má ideia começar a defender os jovens, agora, para melhor saúde no futuro.
Percebemos que o investimento na defesa é importante, mas tanto…não!
No artigo de opinião da semana passada, para quem não tenha lido, descrevi o “abaixamento dos impostos” uma medida folclórica. Porque, recebendo alguém 30 euros ano para gastar numa sandes de coiratos, o valor global de 500 milhões de euros foi atirado pela janela! Vá lá que, desta vez, não há assim “tanta gente” a vender sandes de coiratos!
Esses 500 milhões de euros atirados pela janela, seriam mais do que suficientes – se não nomeassem boys e outros que tais para a gestão – para melhorar a vida dos nossos jovens e facilitar a vida a pais e encarregados de educação.
Com tanto disparate do poder central, quem vai “apanhar por tabela” são as autarquias!
No meio de tudo isto, o PS abstém-se na votação do OGE!
É da vida!

Autoria de:

Luís Santarino

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