Amanhã é dia de sonhos e mudanças.
Tu que abres as vestes e te despes,
Pode ser que te gostem.
Amanhã há esperanças.
Amanhã é importante porque podes votar.
Amanhã homenageias quem te deu o direito
de fazer escolhas com uma cruz.
Amanhã elevas os democratas e repudias os ditadores.

Os candidatos que se empertigam, os vaidosos,
competem com quem grita incessante,
e outros mais eloquentes, e ainda os demagogos.
Todos abanam a árvore de portentos,
de frutos virtuosos e ilustres, de promessas às cores.

Ramos da fauna gigante
Exposta à ventania, ao cheiro, ao Sol.
Certezas que esmagam ideologias, confrontam pessoas.
Infelizmente crescem mais imagens do que pensamentos.

Quem ganhará? Os que surpreendem?
Os silenciados? os talentos?

Amanhã a população vota
e escolhe pessoas que podem influenciar as vidas
dos eleitores. Escolhem percursos.
Diferenciam projectos.

Amanhã a informação
mede a sua força. Calou uns, projectou outros,
abafou descarada muitos candidatos,
vilipendiou outros tantos, carregou alguns em andor.
A informação está pouco democrática!

Amanhã a cidadania está no voto.

O Sol não nasce igual para todos.
Amanhã a luz bate e alumia.
As luzes acesas serão as que decidirão por nós.
Ficaremos na margem do livro
enquanto se escrevem as páginas.

Amanhã há esperanças,
arrogância que só mia, verborreia sem vergonha,
contagens subtis, mas o óbvio fica claro,
e ganham uns e sofrem os demais.

A liberdade escreve-se com x.
Amanhã, votar é uma homenagem.

Ganha a democracia?
Não vence inteira quando é manipulada. E foi!
Amanhã veremos a força dos calados,
a sua intromissão no confronto dos carregados.

Ganha a democracia?
Ganha sempre que podes ir votar em liberdade.