diario as beiras
Figueira da Foz

“O problema da Figueira não são os que têm menos, são aqueles que se julgam donos disto tudo”

05 de agosto às 09h20
7 comentário(s)
DB/Foto de Ana Catarina Ferreira

Que análise faz do estado do concelho?

Há três meses, o meu sentimento era diferente, mas agora estou mais tranquilo e satisfeito em relação ao desenvolvimento do concelho, àquilo que está feito neste mandato, para cumprir aquilo a que me comprometi.
Acho que o essencial, que é muito, está em curso, e a questão é tornar-se irreversível.
Não quero falar com presunção, mas o que disse na tomada de posse foi que vinha trabalhar para abrir uma estrada de progresso para o concelho que permita aos seus filhos continuarem a viver cá e o concelho ganhar uma importância cada vez maior, na captação de investimento, progresso económico e justiça social.
Faz-me impressão a Figueira da Foz, pela injustiça do seu estatuto, do seu papel. É algo que todos os dias mexe comigo.

Porquê?

A Figueira está na Região Centro, que é muito esquecida, nomeadamente a região de Coimbra. A Figueira tem muita coisa muito bonita e muita coisa única. Tem condições extraordinárias, [mas] o sentimento de inveja em Portugal é forte, e não se aplica apenas às pessoas.
Acho que há uma certa inveja, […] principalmente em relação ao estatuto que a Figueira já teve e àquele que pode voltar a ter.
Nunca me esqueço de quando tiraram daqui a [sede] da Região de Turismo do Centro, com a conivência de pessoas da Figueira. Mas a história da Figueira é um bocadinho como a história de Portugal: em Portugal também houve muita burguesia que se fez com o domínio castelhano, e há muitas pessoas da Figueira que se fazem com o domínio de outras metrópoles e que, para fazerem parte das constelações de poder, não estou a dizer que o fazem deliberadamente, prejudicam a Figueira, ao participarem em determinados tipos de situações.

Sendo assim, isso não se deve apenas a agentes externos.

Não. Há uma mentalidade própria de terras muito bonitas, ou com clima agradável ou boa qualidade de vida, que [leva a] muitas pessoas se bastarem com aquilo que têm e não lutarem por patamares superiores de desenvolvimento.
Não foi só na década de 1960 que a Figueira deixou de ser a Rainha das Praias de Portugal, com o emergir do Algarve. A Figueira já teve [duas] universidades privadas, e deixou de as ter. Não agarrou essas oportunidades. Se as universidades foram embora, por alguma razão foi.
Desde tanta gente que já teorizou sobre as insuficiências do porto comercial, passaram muito anos e obras mais estruturais podiam ter sido feitas, para além da reorientação do molhe norte.
A Figueira vive com estes dramas, permanentemente, de querer ser o que já foi ou de querer ser o que não é e esquecer-se de trabalhar o presente naquilo que tem à sua mão.

Pode ler a entrevista completa na edição impressa e digital do dia 05/08/2024 do DIÁRIO S BEIRAS

Autoria de:

Jot'Alves

7 Comentários

  1. Zé Milhazes diz:

    …diz o ddt?

  2. José Barbosa diz:

    Pena que ainda não seja Presidente da Câmara de Lisboa.

  3. José Silva Martins diz:

    Grande Santana Lopes, assim é que se fala, e se trabalha, muitas felicidades

  4. António diz:

    Santana tem muitíssima razão. Mas o Sanatana Lopes sempre foi perseguido em Portugal. Lembro muitíssimo bem, que era 1° Ministro de Portugal e o Jorge Sampaio, dissolveu a AR com uma maioria absoluta de direita, super estável para colocar no poder a dupla socrates/costa. Portugal sempre teve muitos castelhanos!!!!!talvez desde a sua fundação!

  5. Helena Maria Marques Teixeira diz:

    Concordo plenamente com o Dr. Santana Lopes. Eu sou filha de pais Figueirense, mas nasci em Luanda, cresci , estudei e vim para Portugal aos 15 anos qd foi o 25 de Abril. A família tanto do meu Pai como da minha Mãe eram da Figueira da Foz.
    Ao pisar está terra, Linda, com Mar Serra e afins, disse logo daqui não saio. Continuei os meus estudos na Figueira, fui funcionária da Portugal Telecom, casei e da qual tenho 2 filhos. Um empreendedor, a qual tem uma pequena média empresa chamada AS TRIPAS DE AVEIRO, SITO NA ESPLANADA AO LADO DA EMANHA.
    Hoje estou com 65 anos, a Figueira cresceu muito, grandes investimentos foram feitos, e como disse o Dr. Santana Lopes, existe alguns lobbis, que pensam que a Figueira é só deles.. É uma pena no Inverno a Figueira ser um marasmo. Da primeira vez que o Dr. Santana Lopes foi Presidente da câmara , foi da sua autoria o OÁSIS, estava lindíssimo. O Sr. Foi embora, a manutenção deixou de se fazer e tudo acabou por morrer. É pena. Agora para além de estar a desempenhar bem as suas funções, há décadas, que a Piscina do Grande hotel estava ao abandono, o Dr. Santana Lopes recuperou, e daí o Felicito pela obra, está muito bonita. A Figueira precisa destas pessoas dinâmicas e não precisa que venham outros, destruir o que de bom tem.
    Por isso Apelo ao Dr. Santana Lopes, que fique e faça da Figueira a sua segunda Casa. Parabéns pelo que tem feito.

  6. Vitor Antônio diz:

    Dr. Pedro Santana Lopes, é exatamente assim mesmo, suas palavras foram colocadas com exatidão. Digo isto por experiência de ter vivido em uma cidade que passou anos sob domínio de outra (1° cidade do Brasil), até a chegada de um jovem político a época (descendentes de Portugueses) e transformou a cidade, que vivia apenas de pic-nic aos finais de semana, para uma cidade turística e com vida própria.
    Figueira da Foz tem muito potencial ainda para crescer (alguns ainda vivem do passado), e sei o quanto é criticado (diariamente), mas deve continuar com seus projetos, pois lá na frente os jovens de hoje irão lhe agradecer por ter lutado por melhoras para Figueira da Foz.
    Toca o barco, tem muita gente para ajudar a remar.
    Sucesso e Parabéns.

  7. Joaquim de Almeida Ferreira diz:

    Gosto da Ffoz, vou com regularidade, gosto da presidência actual de Santana Lopes, só uma opinião minha, em Buarcos junto à Farggi, há um lago com muitos peixes e patos, não seria necessário a limpeza das plantas que proliferam o lago? Agradeço a atenção do Sr Presidente

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