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O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) denunciou ontem que os profissionais de saúde que trabalham no Centro de Diagnóstico Pneumológico de Coimbra (recorrentemente conhecido por BCG) estão sujeitos a “condições inseguras e insalubres”.

Numa nota enviada à comunicação social, o SEP dá conta de “espaços (gabinetes) que tiveram que ser abandonados devido a fissura de paredes, a infiltrações de água e a proliferação de fungos. Toda esta degradação já levou, inclusivamente, à derrocada de um teto”.

Ao DIÁRIO AS BEIRAS, Paulo Anacleto, da direção nacional da estrutura sindical, disse que “as ruturas existentes na estrutura física impedem o normal e regular funcionamento daquela unidade de saúde pública”.

“Além das condições de exercício profissional [onde trabalham um médico, seis enfermeiros além de técnicos de saúde e administrativos] – que atingiram níveis de insalubridade inaceitáveis –, todo aquele ambiente, com infiltrações e humidade, é tudo, menos condizente com o tratamento de pessoas com doenças respiratórias”, notou o dirigente.
O SEP defende, por isso, uma “intervenção urgente” nas atuais instalações, que são da Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC).

“A continuada ausência de investimento público é visível na degradação da estrutura física e no espaço exterior, parecendo tratar-se de um edifício devoluto”, acusa o sindicato.

Instada a comentar este caso, a ARS Centro disse ter tido conhecimento da situação num dos gabinetes que, “no seguimento de uma infiltração, causou estragos e impediu a sua utilização, tendo sido desativado”.

Neste momento, a administração regional encontra-se a desenvolver um projeto para a reabilitação do Centro de Diagnóstico Pneumológico de Coimbra, que funciona na avenida Bissaya Barreto, em Celas.

Este projeto inclui, de acordo com a ARSC, várias intervenções que visam a melhoria da eficiência energética e melhoria das condições de funcionamento. Estão previstas, entre outras, a substituição da cobertura, por novo revestimento cerâmico, prevendo-se a aplicação de isolamento térmico; a instalação de sistema de AVAC, aquecimento e arrefecimento, tratamento de ar para o edifício e a instalação de painéis solares e fotovoltaicos.

Está também prevista a reformulação interior para assegurar o normal funcionamento e condições necessárias para as diversas unidades funcionais e a aquisição de “upgrade” para o equipamento de RX. Este projeto para a reabilitação do ex-BCG está a ser elaborado no âmbito de uma candidatura a submeter ao PRR.