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DG/AAC espera que Organismo Autónomo de Futebol volte a reerguer-se

16 de abril às 14h37
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Vice-presidente da DG/AAC João Caseiro

A Associação Académica de Coimbra, que representa os estudantes da cidade, espera que o Organismo Autónomo de Futebol (OAF) se reerga após descer ao terceiro escalão de futebol, disponibilizando-se para uma maior proximidade entre instituições.

“É uma infelicidade assistir a esta queda. A OAF levou o símbolo da Académica com grande alcance, quer nas competições internas, quer nas competições europeias – todos nos lembramos da vitória contra o Atlético de Madrid [na Liga Europa, em 2012] ou da conquista da Taça de Portugal [em 2012]. É algo que nos choca, tendo em conta que, nos últimos anos, tiveram uma equipa competitiva com possibilidade de subida à I Liga”, afirmou à agência Lusa o vice-presidente da Associação Académica de Coimbra (AAC), João Caseiro, que tem a pasta do desporto.

A AAC extinguiu a secção de futebol em 1974, tendo surgido posteriormente o Clube Académico de Coimbra que, por seu turno, deu lugar, 10 anos depois, ao OAF, criado numa tentativa de reaproximação à casa-mãe e profissionalização do clube, mas sem qualquer ligação formal à associação de estudantes.

Para João Caseiro, a AAC irá ajudar, “na medida das suas possibilidades”, o clube a reerguer-se, salientando, porém, que a prioridade da associação será sempre as suas secções culturais e desportivas, onde se inclui a secção de futebol, que tem quase assegurada a manutenção na Divisão de Honra de Coimbra (distrital que antecede a subida ao Campeonato de Portugal), num grupo em que a equipa B da OAF soma apenas uma vitória, antevendo-se uma possível descida à I Divisão Distrital de Coimbra.

“O que podemos fazer para apoiar um regresso da OAF a maiores voos passa pelo apoio no estádio enquanto adeptos, uma aproximação entre as duas instituições e garantir que a mística do clube não se perde”, frisou.

Questionado sobre um reforço da cooperação entre OAF e a secção de futebol da AAC, o vice-presidente da associação salientou que, estando a atual direção com quatro meses de mandato, é “difícil fazer uma avaliação completa e global do que tem sido feito nos últimos anos”.

“Pode haver pontes que possam ser feitas, mas é algo que terá de ser feito com todas as partes interessadas e com todos os atores envolvidos”, frisou.

Na ótica do responsável, é fundamental agora com a descida que “a mística e a ligação não seja descuidada”, acreditando na capacidade de o clube se relançar.

“A existência de um clube centenário vai além da sua presença numa primeira, segunda ou terceira divisão”, vincou.

Pela primeira vez em 134 anos de história, a Académica desceu matematicamente ao terceiro escalão do futebol nacional, após 64 presenças na primeira divisão, a quatro jornadas do fim da II Liga, ao somar 16 pontos após 30 jornadas, sem possibilidades de deixar os lugares de descida.

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