DB-Ana Ferreira

Os comerciantes da Baixa de Coimbra estão “cansados” com o ambiente de insegurança e a violência que tem vindo a agravar-se nos últimos dias. Ontem à noite, cerca de três dezenas de comerciantes (sobretudo da rua da Sofia) estiveram reunidos com o presidente da Câmara Municipal de Coimbra e deram conta as preocupações.

Depois de, na semana passada, quatro lojas terem sido assaltadas em plena luz do dia na rua da Sofia, os lojistas pedem mais policiamento de modo a dissuadir os assaltantes.

“Como é que é possível que, por detrás da rua da Sofia, um grupo de pessoas tenha a oportunidade de parar, reunir, preparar e seguir para os assaltos?”, questionou um comerciante.

Reconhecendo a “falta de agentes”, o presidente da Câmara Municipal de Coimbra disse ser necessário “um projeto integrado de videovideovigilância”, “mais câmaras e uma melhor distribuição das mesmas”, tendo garantido que a autarquia “está disponível para adquirir mais sistemas de videovideovigilância”.

Durante a reunião, além da insegurança e do consumo e tráfico de droga, os comerciantes apontaram também a falta de estacionamento, de limpeza, de transportes públicos e de iluminação como os principais problemas.

À semelhança do que já tinha afirmado em janeiro, numa reunião com comerciantes promovida pela Agência de Promoção da Baixa de Coimbra, o presidente da autarquia voltou a garantir que está empenhado em resolver os problemas sociais, de segurança, e para levar mais pessoas para a Baixa de Coimbra, para facilitar o investimento privado.

José Manuel Silva já destacou, por várias vezes, a necessidade de “olhar para a rua da Sofia e para o seu património com outros olhos”. Para o autarca, o património da rua da Sofia “tem de ser aberto ao mundo”, mas para tal é necessária a adequada “preservação do património” classificado pela Unesco.