DB – Pedro Ramos

“Nenhum deles conheceu Abril antes de ele se ter cumprido. Mas ontem, na Assembleia Municipal Jovem, houve esperança num futuro igualmente “inteiro e limpo”. No Salão Nobre da Câmara, os representantes das escolas do concelho tiveram a palavra. E, apesar de se terem ouvido algumas reivindicações, a maioria das intervenções serviu para refletir sobre a liberdade.

“Hoje queremos mais, mais e mais sem fazermos rigorosamente nada, e já tendo tudo. Abusamos dos nossos direitos, esquecemo-nos dos nossos deveres, e esquecemo-nos que os direitos que temos hoje foram os mesmos que só passaram a existir há 50 anos. Tornámo-nos prisioneiros da nossa própria liberdade, porque nos esquecemos que antes de ser nossa, é de todos”, lembrou Afonso Calé Marques, de 17 anos.

Para o aluno da Escola Avelar Brotero, “a verdadeira liberdade só existirá quando todos formos Salgueiros Maias e outros tantos, sem deixarmos de ser nós próprios. Só existirá quando deixarmos de ser orgulhosamente sós, e passarmos a deitar cá para fora a essência do nosso âmago, a essência dos valores de Abril”.

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