Coimbra: Governo promete estabilidade aos investigadores
 DB/Foto de Pedro Ramos
                                        DB/Foto de Pedro Ramos
                                    A secretária de Estado da Ciência, Ana Paiva, definiu ontem como prioridade a estabilização das carreiras dos investigadores.
Na cerimónia de aniversário da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), Ana Paiva prometeu que o atual Governo está comprometido em garantir melhores condições para os investigadores.
“O Governo está comprometido em ajudar os investigadores. É uma prioridade nossa dar estabilidade às carreiras dos nossos docentes e investigadores. É preciso conseguirmos dar escolhas aos nossos doutorandos, para que eles possam escolher entre a carreira académica ou a possibilidade de abrirem a sua própria empresa”, salientou.
Perante um auditório composto por alunos, docentes, investigadores e antigos reitores da Universidade de Coimbra, a secretária de Estado enalteceu o trabalho realizado em Coimbra.
“Se aqui há grandes investigadores, que fazem a diferença e que vão traçar o futuro da nossa investigação, isso deve-se ao apoio dado pela FCTUC e pela Universidade de Coimbra”, clarificou.
Noutra ótica, o diretor da FCTUC, Edmundo Monteiro, lançou o desafio para o futuro de forma a melhorar a qualidade do ensino da faculdade que lidera.
“Temos que estar próximos da indústria. Tem que haver uma maior ligação às empresas. Por outro lado, temos que ser capazes de motivar os alunos para a ciência e para a investigação”, frisou.
Deixar os jovens decidir mais tarde
Também convidado a discursar, o Dux Veteranorum da Universidade de Coimbra, Alexandre Matias, pediu à secretaria de Estado para que reformulasse o ensino da matemática.
O investigador, em representação dos estudantes da FCTUC, realçou pela negativa o número de vagas deixadas em aberto no curso, “culpando” os poucos alunos que fazem exame de matemática, uma prova de ingresso para os cursos de ciência.
“Em 2014, 75 mil jovens fizeram exame de Matemática A em Portugal. Passados 10 anos somente 43 mil estudantes fizeram exame de Matemática A. Este decréscimo deve-se ainda facto de se pedir para se fazer uma escolha a jovens de 13 anos, numa altura sem maturidade para a escolha”, disse. Para Alexandre Matias, é “contraditório que nos cursos com melhores saídas profissionais sobrem vagas de entrada”.
Pode ler a notícia completa na edição impressa e digital do dia 17/10/2024 do DIÁRIO AS BEIRAS
 
                            
 
                 
                 
                