Os dois prémios “Parceria de Excelência” ontem atribuídos pelo Instituto Superior de Engenharia de Coimbra (ISEC), na cerimónia em que assinalou os 104 anos de existência, foram entregues à fábrica Fapricela/Indústria de Trefilaria, e à Universidade Lusófona.

A propósito, o presidente do ISEC, Mário Velindro, defendeu que “é fundamental garantir a captação e retenção de talento, a valorização dos nossos docentes e investigadores, e o reforço de parcerias estratégicas com empresas, autarquias e a sociedade civil”.

Rosinda Teixeira, da administração da Fapricela, agradeceu a distinção e sublinhou que “é importante a relação da empresa com a Universidade e o Politécnico, porque isso é fundamental para o desenvolvimento”.

José Oliveira Santos, diretor do Curso de Engenharia e Gestão Industrial da Universidade Lusófona, deu relevo “ao ISEC, como comunidade que tem progredido como instituição de ensino público, neste caso numa parceria com uma instituição privada, para o bem comum”.

“Crescente exigência por parte da sociedade”

Mário Velindro considerou que “as instituições de ensino superior enfrentam pressões económicas, rápidas transformações tecnológicas e uma crescente exigência por parte da sociedade”, acrescentando que “as escolas de referência, como o ISEC, são chamadas não apenas a formar engenheiros, mas a formar cidadãos críticos, inovadores e comprometidos com um mundo mais sustentável, justo e humano”.

Por seu lado, o presidente do Politécnico de Coimbra (IPC), Jorge Conde, lembrou que está prestes a deixar o cargo – que ocupou durante oito anos – afirmando que, no ano de 2017, encontrou “um Politécnico funcional, mas fragmentado”, acrescentando que, agora, “as escolas acreditam num futuro coletivo”.

Financeiramente, referiu que foram captados 50 milhões de euros e que o orçamento do ISEC subiu de 11,4 milhões em 2017 para 15,9 milhões em 2025.