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Câmara de Coimbra vai notificar proprietário de república de estudantes em risco

29 de julho às 07 h48
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A Câmara de Coimbra vai notificar o proprietário do edifício onde está a República dos Inkas para fazer obras no imóvel, que segundo os repúblicos está em risco de desabar e com a estrutura fragilizada.

“A Câmara já tinha conhecimento deste processo há algum tempo. Já foi feita uma vistoria e notificado o proprietário no sentido de fazer obras, mas depois houve troca de proprietário e, face às informações enviadas pelos jovens [da República], conclui-se que as obras não foram feitas”, afirmou a vereadora com o pelouro do urbanismo, Ana Bastos, que falava aos jornalistas no final da reunião de ontem.

Na reunião, estiveram presentes três membros da República dos Inkas, casa de estudantes localizada na rua da Matemática, na Alta da cidade, que denunciou na semana passada o risco de o edifício desabar.

Segundo Ana Bastos, após informação do estado do edifício pelos estudantes no final de junho, irá agora dar seguimento para notificar o proprietário, “exigindo as obras”.

Caso as obras não aconteçam e terminados todos os prazos, “a Câmara poderá tomar posse administrativa do edifício e fazer obras coercivas”, disse a vereadora, esperando que tal não seja necessário acontecer e que o proprietário avance com a empreitada exigida pela vistoria feita pelos serviços municipais.

Segundo a República dos Inkas, fundada em 1954, a estrutura do edifício “encontra-se extremamente fragilizada, correndo um risco iminente de desabar já este ano, com a próxima época de chuvas”.

“Esta situação é consequência direta da inação do nosso atual senhorio, que não se encontra disponível para assumir a sua responsabilidade, pondo em risco não só a segurança dos habitantes da República, mas também a integridade e segurança da vizinhança”, salientou a República, numa nota enviada à comunicação social.

Face à emergência das obras, os repúblicos decidiram avançar com o processo junto da Câmara de Coimbra para garantir que as obras possam ocorrer.

A falta de ação, alertavam, poderia ameaçar a existência daquela casa de estudantes, reconhecida pela Câmara de Coimbra.

O vereador com o pelouro da juventude, Carlos Lopes, também se mostrou solidário com os estudantes durante a reunião do executivo, defendendo a necessidade “urgente de avaliação do edifício”.

“Terá de haver ali uma intervenção urgente, por estar em causa as vossas próprias vidas”, disse.

Autoria de:

Agência Lusa

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