Lousã: Milvoz fala em “calamidade ecológica” na Bio-Reserva do Vale da Aveleira

Depois da passagem do fogo fazem-se as contas aos prejuízos. Na Serra da Lousã, as chamas fustigaram várias zonas. O “pulmão” florestal verde está agora pintado de negro e os seus habitats, outrora vibrantes, ficaram destruídos, ou perto disso.
A Bio-Reserva Integral do Vale da Aveleira, área com cerca de 70 hectares na Serra da Lousã e composta por cinco vales íngremes e de difícil acesso, foi bastante afetada pelo incêndio que deflagrou há uma semana (14 de agosto), na aldeia do xisto do Candal.
Em poucas horas, as chamas assumiram “uma dimensão e violência avassaladoras”, recorda a Milvoz-Associação de Protecção e Conservação da Natureza, que gere a bio-reserva. Depois de ter entrado “em áreas florestais de elevada perigosidade, num contexto de acacial, eucaliptal e pinhal denso, a frente de fogo cresceu rapidamente e deu origem a novos focos, tornando a situação incontrolável”, recordou a Milvoz.
No final da manhã do dia 15, as labaredas cercavam o espaço. “A Bio-Reserva Integral do Vale da Aveleira encontrava-se já cercada pelas chamas, num cenário marcado por temperaturas muito elevadas e fenómenos extremos de vento”.
O fogo “entrou no bosque” da bio-reserva, com “grande violência”, e afetou “uma porção maioritária da sua área”, revelou a associação fundada em 2019 e que tem sede em Assafarge, Coimbra. Após a passagem do incêndio, a reserva, criada em junho de 2023, ficou com um “quadro devastador”, assegura a Milvoz.
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