Trail Running: “Queremos que surjam novos talentos”

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Foto DB-Ana Catarina Ferreira

 

A poucos dias do arranque da temporada 2023/2024, o presidente da Associação de Trail Running de Portugal (ATRP), Rui Pinho, destaca que o trabalho iniciado em 2016 para “democratizar a modalidade” tem dado frutos, com o aumento exponencial de provas e praticantes

 

Começa em novembro uma nova época, em que se dá a integração plena da ATRP na Federação Portuguesa de Atletismo (FPA). O que muda?
Em 2012, quando foi fundada a ATRP, já existiam campeonatos do mundo de trail e de montanha. Em Portugal havia dois circuitos, o Asics, do qual faziam parte os Abutres, e o AXtrail, que tinha provas curtas em Casal de São Simão, na Benfeita, etc., e depois a grande final na Lousã.
Na altura o que se fez foi organizar a modalidade, criar uma estrutura e um circuito, com um campeonato nacional.
Com esta organização surge a necessidade, internacional e nacional, de encaixar a modalidade numa de duas vias de afirmação: ou a modalidade se apresentava a uma federação existente, enquanto disciplina nova, ou criava uma federação.
A escolha lógica, porque a maior parte das pessoas também faz estrada, foi apresentar o trail à World Athletics e à FPA. Isto aconteceu em 2014. E a FPA colheu muito bem a ideia.

Recordo o entusiasmo do presidente da FPA na apresentação do Campeonato do Mundo de 2019 com o acolhimento da dinâmica crescente do trail…
O trail tem uma característica que não é habitual no atletismo, que é a fixação do atleta.
Embora haja competição de veteranos, não há muita gente capaz de fazer triplo salto aos 70 anos. Treinar para uma disciplina técnica de pista não é a mesma coisa que pegar na família, vir para a montanha e caminhar quatro horas. O que já é um excelente treino para uma prova de duas.
No trail, com o tempo de treino e avolumar de quilómetros, as pessoas melhoram e muito.
E que vantagens vê a ATRP nesta junção? Não havia escolha?
Há uma lei de bases em Portugal que diz que quem implementa a prática das modalidades é o Estado, que delega nas federações. As federações têm direito ao uso da imagem e dos termos desportivos. Portanto, como o trail, internacionalmente, está integrado na World Athletics, não haveria outra escolha.

Mas a ATRP fará o acompanhamento junto da FPA, é isso?
Houve um esforço por parte da FPA de nos acolher, com um trabalho muito forte, político, de deixar o trail funcionar como até aqui.
Com a chegada da minha direção, em 2016, quisemos democratizar a modalidade. Havia 14 provas no circuito. E achámos que devíamos dar um incremento às provas, dinamizar os circuitos, e dar a oportunidade aos atletas de fazer provas junto de casa, terem competição, sem se deslocarem muito.
Não foi à toa que um rapaz muito talentoso, um excelente atleta, dedicado, e com resultados à vista, aparece, na Taça de Portugal, o Miguel Arsénio.
A grande maioria das mulheres, como a Vera Bernardo [da Venda da Luísa] aparece na Taça.

 

Notícia completa na edição impressa e digital do DIÁRIO AS BEIRAS de 26/10/2023

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