As Marchas de S. João da Figueira da Foz são motivo de orgulho de todo o Concelho, sobretudo quando, ao integrarem as Festas da Cidade, passaram a merecer, ainda mais, a atenção e o aplauso de um vasto público.
A noite de S. João vive muito das marchas, da sua cor e alegria, da sincronia das coreografias, do respeito pelas tradições que se sente nas letras, nos trajes e nos próprios rostos e na postura de quem desfila.
Mas as coletividades são finitas, nos seus recursos materiais, financeiros e, sobretudo, humanos. É por isso que a decisão, já anunciada pelo presidente da autarquia, Dr. Pedro Santana Lopes, de desfasar a Feira das Freguesias da Noite de São João, é tão importante, porque permite às coletividades que o entenderem participar de ambos os eventos, garantindo as receitas das tasquinhas e a honra de contribuir ainda mais para o brilho das Festas da Cidade, através das marchas.
Mas para voltar a ter mais marchas locais, garantindo qualidade e tranquilidade na sua preparação, é possível ir mais longe, eventualmente contemplando um júri composto por personalidades de fora do Concelho, por questões de isenção à prova de dúvidas, que atribua prémios monetários, para além de taças, segundo critérios claros. Mas esta é uma sugestão.
Acima de tudo, defendo que deve ser composta uma comissão, escolhida entre pares, para que as próprias coletividades possam pensar com a autarquia o modelo mais justo e motivador. Porque esta é uma festa para as pessoas que deve ser feita com as pessoas e, neste caso em concreto, com as coletividades, parceiras privilegiadas da autarquia nesta e em tantas outras iniciativas.