Opinião: Os nadadores-salvadores devem ser profissionalizados?

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As características climatéricas do nosso país e as condições morfológicas do nosso litoral são favoráveis a que a frequência das praias não se circunscreva à época balnear, sendo natural encontrar banhistas, praticantes de desportos náuticos e pesca nos meses mais frios, levando a que continuem a existir acidentes marítimos durante todo o ano.
Assim, é importante pensar estratégias que possam assegurar meios vigilância e assistência constantes nas áreas costeiras, o que poderá acarretar uma mudança de perspectiva sobre a carreira dos nadadores-salvadores, criada em 2014, cuja actividade tem, tradicionalmente, um pendor sazonal e complementar a outra actividade académica ou laboral.
Propostas como a criação de dispositivos permanentes, com um efectivo mais reduzido e dispositivos não permanentes, de reforço durante a época balnear, podem ser exploradas conjuntamente entre as entidades com competências e responsabilidades nesta matéria, a Autoridade Marítima Nacional, autarquias e concessionários, existindo já exemplos de autarquias que asseguram a vigilância das praias na época baixa ou que desenvolveram planos de vigilância municipais.
Tendo como princípio a visão do nadador-salvador como um agente de protecção civil e assumindo que a sua profissionalização deve ser adaptada a cada localidade e às caraterísticas balneares de cada região, é pertinente considerar as implicações positivas deste investimento na melhoria da segurança costeira, na redução dos acidentes marítimos e na mitigação da crescente dificuldade na contratação destes profissionais.

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