Figueira da Foz: Centro de divulgação do arroz em Maiorca

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DB/Foto de Jot’Alves

A Câmara da Figueira da Foz contratou o arquiteto João Mendes Ribeiro para a elaboração do projeto para adequação e reabilitação do Palácio Conselheiro Branco para instalação de um centro de divulgação e promoção do arroz. O contrato tem validade de 120 dias, a contar de 26 de dezembro do ano passado.
A possibilidade de aquele serviço poder vir a instalar-se naquele edifício municipal, situado em Maiorca, foi avançada pelo presidente da câmara, Santana Lopes, aquando da apresentação, no dia 14 de dezembro último, no referido palácio, da campanha que associa o concelhio à produção de arroz carolino. De resto, a Figueira da Foz é o maior produtor do Baixo Mondego.
Entretanto, em declarações recentes ao DIÁRIO AS BEIRAS, o autarca figueirense afirmou que também veria com bons olhos a mudança da Junta de Maiorca para o Palácio Conselheiro Branco, já que o imóvel tem espaço para albergar diversos serviços. O executivo da junta maiorquenses, contudo, pretende construir novas instalações, mas aquela solução seria mais rápida e mais barata.
Também foi equacionada a instalação do centro de divulgação e promoção do arroz no Alqueidão, no Sul do concelho, localidade onde se encontra instalada a mais antiga fábrica de descasque de arroz do país, a Ernesto Morgado. A par de Maiorca, também esta é uma das principais freguesias produtoras de arroz do Baixo Mondego.
Todavia, a existência de um imóvel disponível e icónico como o Palácio Conselheiro Branco – e a precisar de reabilitação – terá influenciado a escolha do executivo camarário. Por outro lado, Maiorca tem fama de confecionar o melhor arroz doce da região. Nesta freguesia, existe, ainda, a Confraria do Arroz Doce de Maiorca.

A um passo da solução

Perto do Palácio Conselheiro Branco, o Paço de Maiorca, adquirido pela autarquia no primeiro mandato de Santana Lopes (1997 – 2001), também aguarda pela reabilitação. As obras de reconversão do imóvel histórico em unidade hoteleira foram canceladas em 2011. Santana Lopes deverá optar pela venda do imóvel, já que, segundo o relatório que apresentou na semana passada, em reunião de câmara, a conclusão da empreitada custará 3,5 milhões de euros.
Àquele valor, há que acrescentar ainda a reparação ou substituição das infraestruturas, um milhão de euros reclamado pelo Fisco, a indemnização requerida na justiça pelo antigo parceiro privado da dissolvida sociedade constituída em conjunto com a extinta empresa municipal FGT e os cinco milhões de indemnização que a autarquia figueirense já pagou à massa insolvente.
Segundo as contas do presidente da câmara, o herdado falhado processo de reabilitação do imóvel poderá custar mais de nove milhões de euros ao município. O autarca afiançou que em breve deverá ser tomada uma decisão, um passo determinante para o futuro daquele património municipal classificado.

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