NÃO

Desde há 20 anos que se anunciam hotéis de charme que não se concretizam (no Palácio Sotto Mayor, Quinta de Foja, Parque das Abadias, Ponte do Galante) na Figueira. As razões prendem-se certamente com a falta de rentabilidade económica.

A solução para o Paço de Maiorca implicará inovar, criar um espaço vivo, economicamente viável e capaz de atrair pessoas de todos os estratos socias.Uma das ideias para dinamizar Maiorca é a cultura do arroz.

Está quase tudo por fazer nesta matéria e o Paço de Maiorca seria um local a considerar na exploração do arroz enquanto entidade gastronómica e agrícola.

Um espaço dedicado ao arroz, com restaurante associado e algo semelhante ao que foi feito com o sal em Lavos, um centro interpretativo, uma loja de produtos locais com história.

O Paço de Maiorca merece sair da embrulhada em que se encontra, usado ardilosamente nas últimas semanas como arma de arremesso política, que se arrasta desde a sua compra pelo atual presidente da Câmara no final dos anos 90, passando pela dinamização falhada em 2004 a cargo da FGT, o acumular de dívidas no tempo de Duarte Silva, e a derrota jurídica recente ligada a uma PPP ruinosa para os contribuintes.

Maiorca merece mais, tal como o Paço. É preciso melhorar o espaço público da povoação, enquadrando este edifício numa lógica bem pensada de desenvolvimento turístico, económico e de qualidade de vida dos residentes.