Opinião: O Paço de Maiorca deve ser transformado em unidade hoteleira?

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NÃO

O Paço dos Viscondes de Maiorca, edificado no século XVIII e considerado Imóvel de Interesse Público em 1977, foi adquirido pelo Município da Figueira em julho de 1999, mas praticamente votado ao abandono até 2008, data em que foi assinado um Contrato-programa relativo à sua reabilitação e exploração turística, o qual assentava numa parceria público-privada apresentada como benéfica para as Partes (um win-win situation) e para os visitantes.

Em 2011 e 2013, num cenário de mudança política resultante das eleições autárquicas de 2009, as obras já de mais de 4 milhões de euros pararam e foi extinta a Figueira Grande Turismo (com a consequente assunção da sua parte na empresa “Paço de Maiorca”) dada a alegada impossibilidade, legal e de razoabilidade económica, de se prosseguir neste modelo de negócio, o que resultou, em 2016, na insolvência daquela.

Em 2019, a condenação do Município da Figueira ao pagamento de mais de 5 milhões de euros condicionou ainda mais as opções, pelo que, como já aqui o defendi, a “quadratura do círculo” tem de ser encontrada salvaguardando a melhor solução dos pontos de vista patrimonial, legal, económico e político, o que só pode acontecer através da candidatura a um Programa de Financiamento Comunitário – porque não lá criar um Centro de Pesquisa sobre Energia e alterações climáticas, contemplado na Estratégia Portugal 2030 e que envolva também o notável mas infelizmente abandonado Palácio Conselheiro Branco?

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