Opinião – Balanços, ano novo, aprendizagens novas?

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O final do ano é, por regra, em termos profissionais, tempo de balanço das atividades realizadas, dos sucessos alcançados, dos insucessos e das opções menos acertadas. Por regra, tendemos a ser muito críticos com o que fizemos menos bem, mas raramente refletimos sobre pequenos/grandes feitos que vamos atingindo, ao contrário do que recomendam os especialistas que aconselham a celebrar as conquistas, a sermos gratos por um sem número de elementos que se reuniram para que fosse possível atingirmos esse objetivo, quer sejam pessoas, quer apenas a “sorte”. Segundo um dos meus ex-professores “A sorte é o cruzamento entre a preparação e a oportunidade” e é bem verdade: quantos são os projetos que ficam a meio porque o convite foi formulado à pessoa que não estava preparada? Por outro lado, se reconhecermos que sabemos fazer algo, mas nunca tivermos oportunidade de demonstrar, tal será inútil, já dizia Napoleão Bonaparte, “A capacidade pouco vale sem a oportunidade”. Creio que as oportunidades se constroem, que há sempre uma parte que dominamos, pelo que a sorte, pode acabar por acontecer, muito na sequência dessa dinâmica e prospeção.
No cenário da transformação digital abundam exemplos de criadores de oportunidades. Quer ser um motivador, um coach de carreiras, um personal trainner e não tem público? Youtube, LinkedIn, Facebook, Instagram e até o TikTok dão essa audiência. Basta criar os conteúdos, lançar e aguardar o retorno e algumas críticas. Se for realmente bom, o talento não tardará a ser reconhecido. Nunca foi tão fácil ter uma boa ideia e colocá-la em prática. O que antes exigia espaço, rendas, decoração, etc., hoje pode ser pensado em modo virtual, necessitando de uma boa imagem e conteúdo. Tem uma boa ideia? Arrisque!
Um novo ano também pode determinar novas aprendizagens. Quando refiro essa necessidade por vezes ouço “precisas disso para quê?”. Muitas vezes não sei responder, apenas sei que quero aprender “algo” e é quase irrelevante porquê/para quê. Importante é alimentar o cérebro via esses desafios. Esse conhecimento fica à mão e, em qualquer momento, podemos utilizá-lo. Porém, se considerarmos a maioria das novas linguagens de programação, tecnologias emergentes ou aplicações informáticas que aprendemos, isso não se aplica: estas não “ficam residentes” se não fizermos o esforço de colocarmos o tempo necessário na tarefa para sedimentarmos esses conhecimentos, ou seja, o que aprendemos, se não for aplicado no imediato e devidamente compreendido, desaparece. Creio que isso sucedeu com muitos webinars que ouvimos nos 2 últimos anos em modo multitasking… Ouvi, não compreendi e já esqueci…

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