Mira: “Há uma grande esperança de que a situação melhore”

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dr- Raul Almeida, presidente da Câmara Municipal de Mira

Como vão ser as festas concelhias em contexto de pandemia?
Infelizmente não vão ser realizadas. As festas em Honra de S. Tomé, que tanto gostamos de celebrar, não vão poder, infelizmente, ser feitas neste contexto de pandemia. Ainda assim, o feriado municipal [25 de julho] vai ser assinalado com a parte religiosa, com a Paróquia de Mira, a celebrar a habitual eucaristia. Sempre tive a esperança que em 2021 fosse o regresso destes festejos, mas tal não foi possível.

A crise provocou o encerramento de unidades hoteleiras e estabelecimentos de restauração e similares?
Em épocas de crise, o sector do turismo é sempre dos mais afetados, porque existe menos capacidade económica das pessoas e também mais constrangimentos nas deslocações de visitantes. No entanto, em termos de unidades hoteleiras, tem havido sempre atividades, apesar das fortes condicionantes. Houve uma grande capacidade de adaptação e, embora estes sejam tempos muito complicados, para o sector há uma grande esperança de que a situação melhore.

Além das unidades hoteleiras, as restrições a que o concelho está sujeito também afetam o arrendamento sazonal de casas, uma importante fonte de rendimentos para muitas famílias locais. A crise pandémica também está a gerar novos pobres neste setor?
Deste o início da pandemia que criámos uma linha de apoio municipal para ir acompanhamento e monitorizando todos os pedidos de ajuda. Temos recebido vários pedidos aos mais variados níveis, quer de alimentação, pedidos de compras para pessoas em isolamento, ajuda psicológica, entre outras situações. Claro que algumas famílias perderem o seu poder de compra e foram obrigadas a gerir o seu orçamento mensal de forma ainda mais rigorosa. Novos pobres, julgo que não, mas, mais dificuldades no dia-a-dia, creio que sim.

Acredita que o setor do turismo ainda vai conseguir salvar a época balnear?
Se me perguntassem há um mês se estaríamos tão condicionados neste momento em termos de regras, eu diria que iria ser um verão igual ao do ano passado, com a “normalidade” que agora nos habituámos. No entanto, é certo que, com o crescente número de casos que verificámos nas últimas semanas em Mira, o comércio ficou bastante afetado e é também notório que nas nossas praias existiu uma redução de veraneantes, acrescendo o facto de o clima não ter ainda as condições totais de verão que puxem as pessoas para os nossos areais. Acredito, porém, que as próximas semanas possam significar uma retoma mais acelerada do nosso turismo e que o sector possa recuperar.

Pode ler a entrevista completa na edição impressa e digital do DIÁRIO AS BEIRAS

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