Sou da opinião de que os órgãos públicos eleitos universalmente têm uma conexão direta ao edifício onde tradicionalmente são exercidas as funções. O Simbolismo do edifício governativo é algo que está intrinsecamente ligado às democracias ocidentais. É com a maior das facilidades que conseguimos identificar as designações das residências oficiais dos chefes de estado nas democracias avançadas. Nos municípios portugueses, essa perceção é ainda mais evidente, o edifício que alberga a câmara municipal é sempre um marco de qualquer concelho, estando diretamente relacionado com a ideia do exercício do poder nas questões locais.
Considerando o simbolismo que abordei anteriormente, considero que o órgão câmara municipal terá sempre que funcionar no edifício dos passos do concelho. A meu ver o debate da relocalização na câmara municipal fará mais sentido para os serviços e para a Assembleia Municipal.
Ainda para mais num momento em que foram delegadas uma série de competências à nossa autarquia, aumentando significativamente a dimensão do nosso município na esfera da decisão dentro das fronteiras do concelho. Havendo mais competências, isto corresponde diretamente a mais trabalho e à crescente necessidade de pessoal nos serviços. Contudo, daquilo que conheço do edifício dos Paços do Concelho, o espaço disponível é praticamente inexistente.
Dada a necessidade de mais espaço para os serviços considero que se deveria procurar um espaço na proximidade da câmara municipal. Seria interessante adquirir, um dos imóveis de grandes dimensões que podemos encontrar na baixa da cidade e posteriormente reabilitá-lo por forma a albergar de uma forma mais espaçosa os serviços camarários.
Também considero importante relocalizar a Assembleia Municipal. Apesar de os Paços do Concelho estarem carregados de simbolismo, seria importante criar ou adaptar um espaço que valorizasse a reunião da Assembleia Municipal com condições para receber mais público.