Figueira da Foz: Prostitutas recorrem a apoio alimentar e outros serviços sociais

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As medidas decretadas para a contenção da pandemia também atingiram a prostituição, uma das atividades de risco. Na Figueira da Foz existem várias dezenas de profissionais do sexo, de diversas nacionalidades, uns trabalhando na via pública (estradas) e outros em apartamentos. Com a crise sanitária, chegou, também, a falta de clientes, deixando a prostituição sem rendimentos.

A Equipa de Intervenção Direta da Associação Fernão Mendes Pinto registou um aumento da procura de pedidos de ajuda alimentar e outro tipo de apoios desde o início do confinamento. A coordenadora do projeto, Raquel Costa, em declarações ao DIÁRIO AS BEIRAS, afirmou que apenas os profissionais do sexo portugueses, um homem e quatro mulheres, estão a recorrer aos programas sociais.

No total, aquela instituição particular de solidariedade social tem sinalizados 10 indivíduos, um homem e nove mulheres, a quem presta diversos tipos de apoio, em articulação com outras estruturas congéneres e organismos do Estado. Todavia, e apesar da crise económica e social que a pandemia está a produzir, ressalvou Raquel Costa, a Associação Fernão Mendes Pinto não registou casos novos de pedidos de apoio entre as pessoas sinalizadas que se dedicam à prostituição.

Sem clientes e sem dinheiro
Cristina e Ana Paula (nomes fictícios), que não se conhecem, são prostitutas estrangeiras que exercem a profissão em casa. De um dia para o outro, ficaram sem clientes, e já lá vão dois meses sem rendimentos. “As pessoas têm medo e não vêm”, afirmou Cristina. “Nós também temos medo da doença”, acrescentou, por seu lado, Ana Paula.

Sem clientes, não há dinheiro, e Cristina está a ficar sem ele. “Estou a gastar as economias que guardei para ir para o meu país, no final do ano. Não sei como vai ser quando o dinheiro acabar, e já me resta pouco”, afiançou. “Não recebo clientes há mais de dois meses”, garantiu, por seu lado, Ana Paula.

Dos 80 ao zero
Os clientes, “incluindo os habituais”, afirmou Cristina, “telefonam, “têm medo e não vêm”. Num passado recente, cada uma das duas prostitutas podia faturar, em média, 80 euros por dia.

Pode ler a notícia completa na edição digital e impressa do DIÁRIO AS BEIRAS

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