Opinião: Reflexões

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Após uma ausência forçada por muito trabalho, volto de novo para partilhar algumas preocupações.

Houve efetivamente, durante este tempo, um conjunto de notícias que me deixaram por vezes perplexo e por outras vezes com uma sensação de vazio que não sei explicar.

Comecemos pelas eleições brasileiras. A constante agressão a que sujeitaram o candidato dito de extrema direita – Jair Bolsonaro, insultando de forma inacreditável os 50 milhões de brasileiros que votaram nele, leva-me a pensar que o candidato do outro lado – Haddad, é um democrata convicto, baseado nas políticas de alguém que foi condenado a 12 anos de prisão e que levou esse imenso País irmão a uma situação absolutamente caótica e indescritível.

Os nossos media, e pior que isso, a maioria dos nossos comentadores ainda não perceberam que a opinião da esmagadora maioria deles nada conta para o sentido de voto e a decisão nas urnas de um povo e até é contraproducente, pois ninguém acredita no que dizem…

O Sr. Lula da Silva e o PT destruíram o País coadjuvados pela Sra. Dilma, e vem agora a esquerda unida deste Pais e dos media dizer que afinal eles é que transportam a verdade, eles é que são os democratas, eles são os únicos que podem dar ao Brasil aquilo que o Brasil precisa…

A situação atual brasileira tem muito a ver com a situação dos Estados Unidos. Os mesmos democratas convictos deste País, os media e os partidos radicais “batem” todos os dias forte e feio no Sr. Trump. Um primo meu, há mais de 40 anos a viver na Florida, nos Estados Unidos esteve cá a passar uns dias de férias, questionei-o sobre o “fenómeno Trump” e o mesmo disse-me que não tinha votado nem nele, nem na Sra Clinton, mas que iria rever a sua posição, pois nunca a taxa de desemprego dos afro-americanos e dos latino-americanos tinha sido tão baixa, nos longos anos da democracia americana. A economia crescia, milhões tinham sido tirados da pobreza extrema e isso era para ele suficiente no sentido do seu futuro voto.

Podemos ou não gostar, e eu confesso que não gosto, nem do Sr. Bolsonaro, nem do Sr. Trump, mas temos que respeitar as escolhas de um povo, e mais do que isso, não cair no permanente ridículo de avaliarmos sistematicamente ao contrário os fenómenos políticos deste mundo global. Estes dois Cavalheiros não são de direita, mas sim populistas convictos de uma verdade que podemos não aceitar, mas temos de respeitar.

Não vejo, em Democracias, que de Democracia só tem um nome, Venezuela, Rússia, Cuba, Angola, Moçambique e tantas outras, serem atacadas, vilipendiadas, agredidas, com o ódio que gera cada uma das figuras atrás referidas. É o velho complexo de esquerda que nos persegue desde o 25 de Abril de 74 e me leva muitas vezes, quase ao desespero.
O segundo caso que ainda não consegui entender, é o “fenómeno de Tancos” (por acaso foi lá que fiz o meu serviço militar, já lá vão largos anos, e tenho boas recordações desse tempo).
Um aparte aqui, apenas para relembrar uma ideia que gostava de ver discutida, o regresso do serviço militar obrigatório durante 1 ano e que levaria certamente a nossa juventude a parar para pensar.

Voltando a Tancos, o caso já deu na demissão do Ministro Azeredo Lopes e para já, no aproveitamento do Primeiro Ministro para substituição de alguns Ministros que 90% dos Portugueses nem chegaram a conhecer ao longo dos últimos 3 anos, pois ninguém sabe o que é que fizeram, exceção feita para o Ministro da Saúde, que não comento, pois como sabem tenho interesses nessa área.

Gostaria sinceramente de saber o que realmente se passou e espero que o Chefe de Estado Maior do Exército siga o caminho do Ministro pois as responsabilidades são seguramente mais dele do que até do próprio Ministro.

Termino com uma palavra de solidariedade por todos aqueles que no distrito se viram assolados e sofreram, devido à passagem do furação Leslie. Em minha casa voaram algumas telhas, caíram algumas árvores do jardim, mas tudo se resolverá.
Entendo que aqui a Proteção Civil esteve à altura dos acontecimentos, e todos fomos devidamente avisados, não podendo, no entanto, deixar de frisar o ridículo do Presidente da Câmara de Lisboa que apareceu de colete da Proteção Civil numa sala alcatifada, com ar condicionado a falar sobre os perigos que se aproximavam de Lisboa. Alguém me explica porque é que o Senhor estava de colete?

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