Opinião: Meio passeio

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Os passeios são, por norma, expressão de qualidade de vida nas cidades porque são espaços de vivência das pessoas. Aí, sentindo-se seguras, elas circulam, param, observam montras, sentam-me em bancos ou esplanadas, conversam, jogam…ou seja, tornam-se verdadeiros utilizadores do espaço público.

A instalação de atividades e equipamentos que têm o potencial de animar esses espaços é também um fator importante para atrair e fixar os cidadãos: cafés e esplanadas, bancos, comércio, árvores (sombra), iluminação, parques para as crianças, etc. Tudo isto deve articular-se de modo a que as pessoas (de todas as idades) possam sentir-se confortáveis e atraídas por esses locais que são comuns. O conceito de “espaço público” implica que o dito cujo (público) dele pode usufruir. E que esses equipamentos não acabam por se tornar um obstáculo à sua utilização pelos cidadãos.

Vem isto a propósito do que costuma acontecer na zona do Bairro Novo da Figueira durante o tempo de Verão. Para além das esplanadas de caráter mais permanente (onde está o prometido modelo uniforme para todas?), juntam-se as outras que se instalam nesta altura (ocupando áreas extraordinárias), e saem das lojas para o passeio todo o tipo de tabuletas, expositores, estantes e outras atrações. Isso faz com que circular nessa zona se transforme numa autêntica gincana nos “meios passeios” disponíveis.

Agora que vamos entrar em Agosto seria bom que os empresários e as autoridades encarregues de pensar no bem comum pensassem nisso. Sob pena de nos transformarmos num tipo de destino que não queremos.

 

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