Os guardas prisionais de Coimbra contestaram hoje no arranque de uma greve que se prolonga até dia 18 a aplicação do novo horário de trabalho e exigiram a demissão do diretor dos Serviços Prisionais, Celso Manata.
O novo horário de trabalho para os guardas prisionais, que é aplicado desde janeiro no Estabelecimento Prisional de Coimbra, está a pôr “em causa a segurança do pessoal e a segurança do estabelecimento”, disse à agência Lusa o presidente do Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional (SNCGP), Jorge Alves, durante a vigília que decorre hoje de manhã, junto à prisão, que contou com a presença de cerca de três dezenas de guardas.
“Tem sido uma constante chegar ao final do dia e não haver guardas para render os que estão no posto de trabalho, para estes poderem tomar a sua refeição. Os guardas são obrigados a manter-se no local de trabalho durante todo o período”, alertou o dirigente sindical.
De acordo com Jorge Alves, têm de ser encerrados postos de trabalho para canalizar guardas para outros serviços, sendo que o novo horário de trabalho agrava “ainda mais” a falta de pessoal que já se sentia na cadeia de Coimbra.
“A Direção Geral dos Serviços Prisionais decidiu distribuir o corpo da guarda em períodos de trabalho, sendo que o que concentra mais guardas é das 08H00 às 16H00 e depois, das 16H00 e até à meia-noite, há uma redução de três para um guarda”, explicou.