Opinião: Plásticos por todo o lado

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A criança regressa a casa de uma festa da Escola. A cara está cheia de “brilhantes”, chamam-se “purpurinas” ou “glíter”. Os pedaços de plásticos incrustados na pele da criança podem ser uma mistura de copolímeros, folhas de alumínio, oxicloreto de bismuto e outros materiais de cores iridescentes para refletirem a luz. Esta constelação de químicos é perigosa, se acidentalmente ingerida ou em contacto com os olhos.

Após a lavagem da cara da criança, as purpurinas “transformam-se em microplásticos” que vão seguir pelo esgoto e acabar no mar. O tamanho minúsculo destes plásticos, menos de 5 milímetros, vai literalmente encher a barriga dos peixes e dos animais aquáticos.

O plástico vai “saciar o peixe”, que perde vontade de comer por ter a sensação estômago cheio, e morre de fome.
Algumas estimativas apontam o número de 51 trilhões de partículas de microplásticos nos Oceanos. Esta é uma ameaça global, a prevalência de plásticos nas cadeias alimentares com consequências imprevisíveis. Por exemplo, o plástico no mar atrai bactérias de estirpes agressivas que aí se desenvolvem.

Determinados tipos de plásticos (PET, PVC) quando se decompõem libertam substâncias cancerígenas, acumulando-se em animais e pessoas. A lista de efeitos secundários do plástico é extensa. No Reino Unido estuda-se a possibilidade de banir as purpurinas, ou optando por alternativas biodegradáveis, para evitar este tipo de poluição.

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