Alunos internacionais e de Erasmus lutam por alojamento

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António Rosado

António Rosado

Nascido em Guimarães, a estudar Medicina em Santiago de Compostela, mas este ano, aluno Erasmus em Coimbra, Francisco Rocha foi dos primeiros a chegar, neste início do ano letivo, à Residência Universitária da Polo II da Universidade de Coimbra. Ao lado de Carlos Gomes, responsável pela residência, recebeu alguns colegas caloiros que ontem chegaram às instalações que os vão acolher, pelo menos, durante o próximo ano letivo. Três deles, ainda em fase de se conhecerem mutuamente, são brasileiros, a estudar em Coimbra ao abrigo do programa de mobilidade internacional.
Para além das 14 residências universitárias, muitos estudantes brasileiros e também africanos procuram, nesta fase, quartos para arrendar. Alguns deparam-se com situações de discriminação por parte de senhorios, embora a situação não seja alarmante. Em geral, Coimbra é uma cidade que se mostra aberta e orgulhosa da sua diversidade, registando-se que, todos os anos aumenta o contingente de estudantes internacionais.
No entanto, algumas das associações de estudantes de países lusófonos contactadas pela agência Lusa falam de alguns casos de discriminação no momento de se escolher um quarto, deparando-se com senhorios preconceituosos, confirma o presidente da Associação de Estudantes e Pesquisadores Brasileiros em Coimbra, Eduardo Monteiro. Todavia, não considera que a situação seja relevante
Élida Brito, cabo-verdiana a estudar em Coimbra desde 2008, ouviu ao longo dos anos relatos de colegas seus a falarem de casos de senhorios racistas: “Achava que os meus colegas exageravam”.

Excluída pela cor da pele
Depois de ter estado numa casa em que tinha uma relação “muito boa com a senhoria”, a estudante de Engenharia Eletrotécnica deparou-se com a primeira situação de discriminação este ano.
“Encontrei uma casa que era do meu interesse e, primeiro, disseram que sim”. Porém, mais tarde, foi-lhe dada a resposta de que “não preenchia os requisitos” por causa da cor da sua pele.
Quanto à discriminação por sexo, Bruno Marques, estudante de mestrado em Coimbra, encontra “várias vezes” anúncios de quartos só para raparigas quando procura um quarto.

Notícia completa na edição impressa de hoje

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