Em 1960, Harper Lee surgiu no panorama literário norte-americano com “To Kill a Mockinbird”,que venceu o Prémio Pullitzer, atribuído a escritores da craveira de John Steinbeck, Faulkner, Ernest Hemingway, Upton Sinclar ou Soroyan.
O livro foi publicado em Portugal, em fevereiro de 1964, pelas Publicações Europa-América, onde, no ano da seleção da obra para edição, em 1961, eu desempenhava as funções de leitor e encarregado pela publicidade. A recente morte de Harpe Lee foi recordada por toda a imprensa mundial.
O livro, cuja adaptação ao cinema ganhou cinco óscares, um deles para Gregory Peck, que desempenhou o papel de um advogado íntegro, branco, defensor de um afro-americano acusado injustamente. A ação passa-se no Sul racista dos Estados Unidos da América. Desta vez surgiu com o título “Matem a cotovia”.
Harper Lee, nascida na cidade de Monroeville, no Alabama, foi acusada, por ocasião da saída do romance, cuja publicação havia sido recomendada por Truman Capote, de não ser a sua autora e pertencer a paternidade ao escritor de “A sangue frio”. O livro galardoado pela University de Notre Dame, cujos alunos a aplaudiram de pé, constitui um corajoso documento antirracista, e os milhões de exemplares que têm sido vendidos provam que a América não tem só “trumps”.
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