Movimento “Cidadãos Por Coimbra” rejeita abandono do projeto Metro Mondego

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METRO MONDEGO, ZONA DA BAIXA DA CIDADE DE COIMBRA  ONDE IRA PASSAR  O METR0 , 280206 LUIS CARREGA

O movimento “Cidadãos Por Coimbra” rejeitou qualquer solução para o ramal ferroviário da Lousã que passe pelo abandono do projeto de metropolitano ligeiro de superfície, que considera estratégico para os municípios de Coimbra, Lousã e Miranda do Corvo.

O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, assumiu no sábado, o compromisso de candidatar ao novo quadro comunitário de apoio uma solução de mobilidade para o ramal ferroviário da Lousã, que foi desativado há cinco anos.

“Julgo que a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC) está nesta altura a ultimar o estudo de viabilidade que exige que se estudem também alternativas, para as poder comparar, usando o mesmo veículo de infraestrutura que já está colocado. A possibilidade de alternativas passa por ter ligações com autocarros elétricos”, disse o chefe do Governo.

Em Miranda do Corvo, onde presidiu à cerimónia de apresentação de um livro com casos de sucesso de pessoas com deficiência da Fundação ADFP, o primeiro-ministro salientou, ainda, que não assumiu “nenhum compromisso” com o Metro do Mondego na cidade de Coimbra.

“Ainda hoje não temos a certeza de que o projeto seja viável, embora estejamos mais próximos de uma solução para esse problema, que depende muito de como conseguirmos com a Câmara de Coimbra valorizar terrenos dentro da cidade para poder dar sustentabilidade a um projeto mais ambicioso”, frisou Pedro Passos Coelho.

Para o movimento cívico “Cidadãos Por Coimbra”, o arrastar do processo e a forma como o primeiro-ministro “impôs exigências à Câmara Municipal de Coimbra de valorização de terrenos dentro da cidade, é mais uma manifestação de prepotência do poder central contra Coimbra e a região”.

“E que só se explica porque o poder autárquico em Coimbra, na sua alternância nos últimos 40 anos entre o PS e o PSD, se tem revelado fraco, inconsequente e sem estratégia, incapaz de mobilizar os cidadãos para causas, à cabeça das quais devia estar a do Metro Mondego”, refere um comunicado divulgado hoje.

A 02 de dezembro de 2009, os comboios deixaram de circular no Ramal da Lousã, primeiro apenas entre Serpins e Miranda e, um mês depois, em toda a extensão da ferrovia, no âmbito do Sistema de Mobilidade do Mondego (SMM), cujas obras arrancaram no início do mesmo ano, mas vieram a ser suspensas por razões financeiras.

No comunicado, o movimento “Cidadãos Por Coimbra” refere que encerrou, há dias, a primeira fase da campanha em defesa da instalação do metropolitano ligeiro de superfície, que recolheu cerca de 5.000 assinaturas numa petição para entregar na Assembleia da República.

O presidente da Câmara Municipal de Miranda do Corvo, Miguel Baptista, disse também sábado que não aceita uma solução para o Ramal da Lousã que não passe por um sistema de transporte assente em carris.

O porta-voz do Movimento Cívico de Coimbra, Lousã, Miranda do Corvo e Góis, Jaime Ramos, que foi o anfitrião da cerimónia em que participou Passos Coelho, enquanto presidente da Fundação ADFP, voltou a defender o restabelecimento da ligação entre Serpins e Coimbra “em transporte público de passageiros sobre carris”.

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