Opinião – As primárias

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Santana-Maia Leonardo

Santana-Maia Leonardo

Apesar de não acreditar em qualquer reforma do sistema político capaz de nos libertar da Associação de Malfeitores que nos tem governado nos últimos trinta anos, considero que as eleições primárias abertas são um passo importante no sentido de arejar os partidos políticos. E quanto mais abertas forem e maior for o número de eleitores, tanto melhor.

Em todo o caso, não deixa de ser revelador da perversidade mental dos nossos comentadores o argumento, contra as primárias do PS, de que isso vai permitir aos simpatizantes do PSD inscreverem-se em massa para ajudar a eleger o pior candidato. Importa-se de repetir, senhor Professor?

Mas existe algum português, a não ser os que estão sentados à frente da gamela, que se dê ao trabalho de ir votar para escolher o pior candidato?

Sem esquecer que isto do “melhor” e do “pior” é muito subjectivo.

Eu não sou, nem nunca fui socialista, mas, se fosse votar, escolheria o melhor. E por uma razão óbvia: é do meu interesse pessoal que todos os partidos tenham à sua frente os melhores. E é assim que pensa qualquer português que não viva da política e à conta do partido. Sendo certo que quem vive da política está publicamente referenciado.

Acresce que uma ou outra excepção será irrelevante por força do número, na medida em que, quanto maior for o número de eleitores, mais se dilui o aparelho partidário e os “chicos espertos”. O problema que antevejo é precisamente o contrário: a baixa participação nas primárias de não militantes do PS.

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