Opinião – Festival das Artes 2014

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OLINDA RIO novo

Olinda Rio

De 18 a 29 de Julho, em Coimbra, decorrerá mais uma edição do Festival das Artes, uma extraordinária iniciativa da Fundação Inês de Castro, na sua 6ª edição, que tem como tema Coimbra Património Mundial.

Um Festival que, mais uma vez, incorpora um Ciclo da Música, a decorrer no magnífico Anfiteatro Colina de Camões, na Quinta das Lágrimas, mas também a bordo do barco “Basófias”, entre-margens do Mondego. São dezenas as iniciativas, repartidas, igualmente e para além do já referido, pelos Ciclos dedicados à Gastronomia, Cinema, Artes Plásticas e Artes do Palco, além do Serviço Educativo. E ainda várias Conferências.

Percorrem diferentes e emblemáticos locais da nossa cidade, como a Sala dos Capelos da Universidade de Coimbra, o Jardim da Sereia, o Mosteiro de Santa Clara-a-Velha, o Museu Municipal de Coimbra – Edifício Chiado, a Casa da Escrita e o Museu da Ciência. Locais que, só pela sua beleza e enquadramento, potenciam momentos especiais de fruição.

Temos em Coimbra, durante estes dias, alguns dos expoentes máximos destas várias áreas. Um conjunto invulgar de talentos, nas suas múltiplas áreas e interesses. Na Música, merece um destaque especial o concerto que decorreu na Sala dos Capelos da Universidade de Coimbra, palco de muitos momentos significativos e emblemáticos da História de Portugal, que prestou homenagem aos músicos de Coimbra – é a evidência de Coimbra – Património Musical. Mas também a Orquestra Metropolitana de Lisboa, dirigida por Daniel Smith.

Ou a Orquestra Chinesa de Macau, com o maestro Pang Ka Pang. Assim como a Orquestra Clássica do Centro, com a entrega habitual de David Win Lloyd. E o Concerto da Juventude, do Conservatório de Música de Coimbra. E jazz. E fado.

Com o público, o que vive em Coimbra e o que aqui vem de todo o país e até do estrangeiro, por uma excelente causa. O Festival das Artes realiza-se, acima de tudo, para as pessoas. Para todas e todos aqueles que, em boa verdade, são os fiéis depositários do património, material e imaterial, que existe e emerge.

Feito de sentidos e de sentimentos, com esperança e com alma. O Património de Coimbra fica, assim, mais perto. Mais perto pelo passado que é lembrado e homenageado, pelo presente que é vivido e preservado e pelo futuro que é reconstruído e transportado. Sentimos uma cidade virada para as pessoas, consciente da responsabilidade feita de apologia ao Património classificado que, agora mais do que nunca, constituí um ponto-de-partida de um percurso longo, desafiante e estimulante.

Um percurso que vale a pena. Termino realçando a capacidade ao nível da concepção, organização e concretização de um Festival com esta dimensão e envergadura. Tal só é possível com grande dedicação e elevado profissionalismo. A participação é a melhor homenagem que podemos dar, sabendo viver, acolher e absorver a excelência de tudo o que foi proposto!

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