Na região, as alterações mais profundas aconteceram nos cuidados hospitalares, com a fusão das unidades que deram origem ao Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC). Este era um caminho inevitável?
Tão inevitável quanto ser o caminho certo. Em abono da verdade, o decreto-lei que criou os novos centros hospitalares, incluindo o CHUC, é de março de 2011, ou seja, anterior ao presente Governo.
A criação do CHUC, que é a maior entidade hospitalar do país, revela-se fundamental, quer para a sustentabilidade do SNS quer para a qualidade dos cuidados hospitalares.
Previne redundâncias na oferta e assegura não só a qualidade dos cuidados mas também uma alocação de recursos e de serviços baseada nas reais necessidades de saúde das populações.
Lembro que a ARS Centro criou um grupo técnico hospitalar, que é um órgão de assessoria técnica na área, e que tem contribuído, de forma exemplar, para dotar o Conselho Diretivo da evidência científica necessária à tomada de decisão regional em saúde neste âmbito.
Este processo de fusão complexo não esteve, naturalmente, isento de críticas.
Fusões, reestruturação e reorganização de serviços são, sem dúvida, processos complexos, mas que têm de ser concluídos com êxito. Já que referiu o CHUC, deixe-me dizer-lhe que é o exemplo perfeito da elevada complexidade do processo de fusão na medida em que envolveu sete instituições hospitalares com uma cultura própria e uma história individual muito forte, como sabe.
Esta reorganização, já por si difícil e que teve, e tem, de ser gerida em contexto de dificuldades económicas, tem sido feita e com resultados positivos visíveis: como já referi, falamos do maior hospital português, com novas áreas assistenciais criadas ou reativadas, como são exemplo o centro de transplante hepático pediátrico, o centro nacional de tumores oculares, o centro nacional de ensaios clínicos do SNS, a par com um processo de internacionalização de diversas áreas.
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