O jargão de que somos europeus em Portugal e portugueses na Europa deve ficar claro nas eleições de Maio próximo. O fato de, usualmente, não ligarmos ao que se passa em Bruxelas e de relaxarmos no momento da escolha de quem nos representa está a dar maus resultados como se comprova pelas políticas e diretrizes que a Europa nos tem imposto nos anos mais recentes.
As próximas eleições europeias serão, porventura, as mais importantes para os portugueses desde a nossa adesão à CEE, por isso mesmo seria necessário e oportuno que fosse exercida efetiva cidadania. Ir votar é, hoje mais do que nunca, fundamental. Saber quem nos representará é essencial.
Viver fora da Europa não é sequer uma escolha, por isso mesmo os partidos que vociferam contra Bruxelas em toda e qualquer circunstância, defendendo um isolamento do país e um alinhamento com coisa nenhuma, não são pois alternativa.
Já os partidos que são convictamente europeístas têm a obrigação de apresentar ideias claras sobre o que defendem para a saída da crise, para o aumento do emprego, para a manutenção de políticas sociais e sobre a agenda de inovação e competitividade europeia, visto que o velho continente está cada vez mais atrasado quando comparado com os tigres asiáticos e os emergentes sul-americanos.
As ideias terão de vir acompanhadas por rostos credíveis. A estafada estratégia de usar Bruxelas para oferecer uma reforma dourada a alguns, emprateleirar outros tantos e tratar da mercearia interna dos partidos já era. Uma nova atitude impõe-se! Mas infelizmente o que temos assistido não é bom augúrio!.