Opinião – Integração inteligente dos estudantes

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HELDER RODRIGUES novoHélder Rodrigues

1. Uma praxe esclarecida e inteligente na preparação do futuro

Reclama-se que a praxe académica actual tem como objectivo a integração dos estudantes na Universidade dos dias de hoje! Nada mais falso!

Nos tempos actuais há formas mais modernas, inteligentes e responsáveis de integrar os estudantes na Universidade, quando vindos de diversas partes do país e do Mundo, aqui chegam e enfrentam um contexto diferente daquele a que estavam habituados.

As formas de integração devem partir do princípio que os caloiros que chegam à Universidade são pessoas humanas e inteligentes, com vontade e personalidade próprias, vocações e interesses que precisam ser compreendidos, respeitados e potenciados. E nenhuma fase da vida é mais propícia a essa potenciação do que a sua entrada no Ensino Superior.

A praxe académica tem que ir à frente do seu tempo ajudando os novos caloiros na construção do “homem novo” pois serão eles “os arautos e construtores de um futuro novo e melhor”.

E a construção desse futuro pauta-se por valores como; liberdade/responsabilidade, respeito mutuo, companheirismo, amizade, humanismo, solidariedade, fraternidade, voluntariado, cidadania e cultura.

Valores que frutificam de forma espontânea perante a genuinidade, a alegria, o dinamismo e a criatividade que a juventude que chega à Universidade traz consigo. Por isso, eu defendo uma “Praxe académica de Coimbra” humana, inteligente e moderna na preparação do futuro dos jovens estudantes!

 

2. No âmbito da Universidade e dos estudos

Uma parte dessa integração deve pertencer ao âmbito da UC. Em acções de apoio e esclarecimento em questões como:

– O que é a UC, seu passado, presente e futuro? Que cursos e especialidades tem para oferecer? Que saídas profissionais existem no futuro previsível para quem nelas se inscreve?

– Porque é que a UC faz parte do Património Mundial da Humanidade? Sabe o estudante de Coimbra que é parte integrante desse Património? Quais os compromissos, responsabilidades e comportamentos daí inerentes? Quais as suas vantagens e mais valias ao ser um “cidadão do Mundo”?

– Como apoiar os jovens a vencer o 1.º ano, normalmente o mais difícil e selectivo, a nível da burocracia, dos processos organizativos, do estudo das matérias? Tem à sua disposição docentes mais jovens/estudantes mais velhos que os possam ajudar nessas ingratas tarefas?

 

3. No âmbito da AAC e da cidadania

A outra parte será do âmbito da AAC, e tem a ver com o desenvolvimento humano e social. As tradições académicas (de que uma praxe humana e prestigiada faz parte) podem desempenhar um papel relevante:

-Sabe o novo estudante que acaba de fazer parte de uma vasta família de antigos estudantes de Coimbra, espalhada pelo Mundo, onde os referenciais de liberdade, solidariedade e fraternidade constituem a sua marca de água?

-É-lhe explicado o que é a AAC (o maior organismo estudantil do país), os seus objectivos e organismos onde pode desenvolver as suas vocações; artísticas, desportivas, culturais, associativas? Onde pode conviver, conhecer novos amigos, brincar, dar azo à sua alegria, festejar a vida?

-É-lhe dada a conhecer a cidade de Coimbra, que o acolhe carinhosamente mas espera dele um comportamento de respeito mútuo, prestígio e cidadania?

 

Acredito que, face ao novo Estatuto da UC, fundos europeus possam ser obtidos para a defesa deste valioso Património Imaterial, constituído pela nossa querida massa estudantil de Coimbra.

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