A criança, que esteve desaparecida durante três dias na Calheta, Madeira, vai continuar internada no hospital do Funchal e só deve ter alta na segunda-feira, disse hoje o presidente do Serviço de Regional de Saúde.
O estado da criança “mantém-se estável, favorável, dormiu bem a noite”, no entanto, depois de novas análises, nomeadamente aos indicadores de fadiga muscular, foi decidido prolongar o internamento, informou Miguel Ferreira aos jornalistas.
Segundo o médico, esta decisão clínica “não significa que se tenha agravado [o estado de saúde da criança]”.
O responsável pelo Serviço Regional de Saúde adiantou que depois da “avaliação que estiveram a fazer” hoje, os profissionais que estão a tratar da criança decidiram “repetir as mesmas análises no domingo”.
“Sendo assim, no domingo não vão dar alta clínica e a previsão é [que isso aconteça], eventualmente, na segunda-feira”, concluiu o Miguel Ferreira.
O responsável argumentou que o hospital neste caso está “a seguir a rotina”.
“Enquanto não tivermos valores analíticos de segurança vamos mantê-lo [o menino] até [os] ter. É uma questão de rotina, não estamos a ter um procedimento diferente”, acrescentou.
A criança, de 18 meses, desapareceu na tarde de domingo durante um convívio familiar na casa dos padrinhos no sítio dos Reis Acima, na zona alta do concelho da Calheta, e foi encontrado três dias depois por um levadeiro (profissional responsável pela distribuição de água de rega na Madeira) na floresta naquela localidade.
Desde a tarde de domingo, depois de ter sido dado o alerta do desaparecimento, foi desencadeada uma operação de busca para encontrar a criança que envolveu elementos da Polícia de Segurança Pública (PSP), Polícia Judiciária (PJ), bombeiros da localidade, uma equipa cinotécnica da Guarda Nacional Republicana (GNR), efetivos da Guarda Florestal e populares.
Segunda-feira, ao final da manhã, o coordenador da PJ no Funchal, Eduardo Nunes, suspendeu as buscas sem que a criança tivesse sido encontrada e admitiu, posteriormente, a possibilidade de estar-se perante um “crime de rapto”, assegurando que as diligências prosseguem para saber onde esteve a criança.
O responsável pela PJ na Madeira, declarou “não haver qualquer veracidade” em informações que têm apontado para a existência de um suspeito.