Livros e artesanato convidam a um passeio diferente em Coimbra

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Pedras de Leitor.CJM

Quem chega  pelo Parque Manuel Braga e inicia a visita no corredor desenhado pelos pavilhões da Feira de Artesanato, pode não suspeitar logo, mas depressa se apercebe que, uns metros depois, são os livros que fazem a festa. Mesmo porque, a sugerir a transição para a Feira do Livro, já no Parque Verde do Mondego, estrategicamente situados, dois pavilhões, um dedicado à arte da encadernação e o outro, sugestivamente, entregue às “pedras de leitor”.

E pronto, assim, mesmo os visitantes menos atentos ficam a saber que aquele que seiar apenas mais um agradável passeio junto ao Mondego, poderá ser muito mais que isso. E essa intenção, como destacou ao DIÁRIO AS BEIRAS João Paulo Barbosa de Melo, presidente da Câmara Municipal de Coimbra, foi um dos mais decisivos argumentos para que o Departamento de Cultura se tivesse decidido novamente pela convivência das duas feiras – a de Artesanato e do Livro – no espaço e no tempo.

“A avaliação que fizemos do primeiro ano foi positiva, porque os dois eventos dão-se bem um com o outro. Ajudam-se mutuamente, trazendo gente. Quem vem a um lado, acaba por espreitar o outro. Algumas pessoas que nunca viriam a uma feira do livro, acabam por lá passar e vice-versa”, sublinhou o responsável.

“Quanto ao espaço, o que é que pode querer-se mais: o rio aqui ao lado, as árvores, os relvados”, disse João Paulo Barbosa de Melo, deixando outra nota: “a nossa cidade é diferente das outras, por causa da cultura, por causa da história, por causa da língua. Quando deixarmos de fazer a Feira do Livro é um pouco de Coimbra que se perde”.

Mas esse, seguramente, é um risco que nestes dias Coimbra não corre. Até 2 de junho, no próximo fim de semana, os dois parques centrais da cidade têm tudo para oferecer: um mundo de livros a descobrir, muitos a preços bastante mais amigos dos bolsos pouco abonados dos portugueses comuns, mas também um universo imenso, variado, rico, colorido e atrativo do artesanato que se faz em Portugal. Do mais tradicional e a fazer maravilhas às memórias dos mais velhos  – os brinquedos de madeira, os tamancos, as colheres de pau talhadas do pinho rijo das terras da Beira, as rendas de bilros –, ao mais urbano e inovador.

Ainda no campo da “ligação” quase umbilical entre uma feira e outra, um projeto que promete não deixar ninguém indiferente: o Centro de Artes do Papel, chegado da Teatro dos Castelos, de Montemor-o-Velho.

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