Opinião – Não à privatização do Hospital de Cantanhede

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Rita Rato

Rita Rato

As populações, os utentes e os profissionais do Hospital Arcebispo João Crisóstomo, de Cantanhede, foram surpreendidos pela notícia da intenção do Governo do PSD/CDS de avançar com a privatização desta unidade de saúde, concretizando mais uma das orientações do Pacto de Agressão da Troika, subscrito pelo PS, PSD e CDS.

Como o povo tantas vezes diz: onde há fumo há fogo! E para que o fogo não seja ateado sem que se identifiquem os responsáveis, importa recordar alguns factos importantes, para que não caiam no esquecimento nem se alimentem mistificações.

1-Recentemente o Hospital Arcebispo João Crisóstomo foi objeto de investimento público superior a 3 milhões de euros, reforçando a sua capacidade de resposta e a qualidade dos cuidados prestados;

2-O ataque a esta unidade de saúde não é de hoje, foi iniciado por um Governo PS com o encerramento do serviço de urgências hospitalares;

3-O Hospital de Cantanhede abrange cerca de 60 mil utentes dos concelhos de Cantanhede, Mira, freguesia de Arazede, chegando aos 80 mil utentes nos meses de Verão;

4-A 17 de Dezembro, uma delegação do PCP que integrei visitou este Hospital tendo confirmado a satisfação da direção do hospital pelos resultados obtidos, designadamente num conjunto alargado de valências como a ortopedia, oftalmologia, otorrinolaringologia, psicologia e nutrição;

5-Como preocupações maiores foram-nos apresentadas a falta de médicos, enfermeiros e auxiliares de ação médica. O Conselho de Administração informou que estava a aguardar apenas a autorização do Governo para realizar contratações;

6-Dirigi a 21 de dezembro uma pergunta ao Ministério da Saúde sobre o futuro deste Hospital e, passados os 30 dias obrigatórios para resposta, o Governo ainda não se dignou responder.

O Governo quer privatizar o Hospital de Cantanhede. Não é por acaso ou por engano, é por opção política. Este caso concreto é inseparável de uma estratégia ideológica de liquidação de serviços públicos e, em particular, do Serviço Nacional de Saúde, para assegurar mercado e lucro para os grupos privados que fazem da doença um negócio altamente lucrativo.

Com todas as nossas forças, defenderemos de forma intransigente a manutenção do Hospital de Cantanhede no SNS e com gestão pública. Por um SNS público, universal e gratuito para todos!

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