Cortes no financiamento das festas de verão reduzem atuações dos artistas

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As organizações das festas que tradicionalmente se realizam em muitas localidades do país, em agosto, estão este ano a enfrentar cortes no financiamento, que as leva a reduzir o número de artistas a contratar e provoca a baixa dos cachets.

“Nota-se um grande decréscimo na procura de artistas e, por outro lado, a tendência é para quem contrata procurar contratos mais baratos”, disse à Lusa Luis Martins, sócio gerente da empresa Moinho da Música, no Cadaval.

A empresa produtora de espetáculos e representante exclusiva de artistas como Nel Monteiro, Emanuel, Micaela ou Zé do Pipo, regista “uma quebra na ordem dos 50 por cento” nas contratações, apesar de “nas festas e romarias se trabalhar bem com este tipo de artistas mais populares e que agradam sobretudo aos emigrantes”, acrescentou.

O problema, concluiu, é que “muitas autarquias reduziram para metade os orçamentos das festas e outras diminuíram a sua duração para metade dos dias”, fazendo com que a crise se reflita nas “empresas de produção, artistas, bailarinos, equipas de som, aluguer de palcos e empresas de catering”.

Uma situação confirmada à Lusa por José Malhoa, consagrado cantor de música popular portuguesa que disse que a crise económica obrigou-o a baixar o cachet e a dar mais concertos.

“Hoje em dia as comissões de festas estão em grande crise, os empresários também e para obterem essas festas querem preços mais reduzidos”, explicou o cantor, admitindo que aufere cerca de 10 mil euros por concerto.

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