A Turismo Centro Portugal aposta no turismo de proximidade, com uma oferta de preços competitivos para compensar a crise, mas o seu responsável, Pedro Machado, teme uma quebra significativa em relação ao verão de 2011.
Apesar de um aumento da procura de sete por cento no primeiro trimestre de 2012, com o Carnaval e a Páscoa de permeio, o presidente da Turismo do Centro de Portugal antevê que a procura interna “vai cair de forma significativa” e não vai conseguir compensar a retração dos mercados externos.
“Já sabemos, pelos dados divulgados, que mais de 63 por cento dos portugueses não vão sequer fazer férias. Significa que num destino como o nosso, fortemente condicionado pela procura interna, 2012 pode vir a ter quebra significativa, em relação ao período homólogo de 2011”, disse à Lusa.
Quanto aos mercados externos, o principal mercado é a Espanha, igualmente em retração, pelo que Pedro Machado espera “um verão francamente pior” que o de 2011.
“De Espanha, os nossos mercados mais próximos, Castilla e Leon e Galiza, têm vindo progressivamente a refletir os constrangimentos do sistema de portagens nas antigas SCUT, do aumento do IVA sobre a restauração, e da própria conjuntura espanhola”, explica.
As atenções da Região de Turismo concentram-se por isso na dinamização interna, procurando oferecer uma alternativa de férias a preços competitivos, que “tem quase tudo perto”, da praia à montanha, passando pelo termalismo e pelo turismo de Natureza.
Mais de 60 por cento da população portuguesa está concentrada entre Braga e Setúbal e, numa época em que se contam os gastos em portagens e combustível, a Turismo Portugal Centro quer evidenciar-se como destino de proximidade, orientando nesse sentido a atividade promocional.