O futuro constrói-se hoje…

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Luís Santarino

Existem alturas na vida em que falar a sério torna-se “dispendioso”! As pessoas acham ridículo.

A vida dos cidadãos deteriorou-se rapidamente. De um dia para o outro o que era alegria e confiança, transformou-se de forma irremediável.

Todos os dias algo mais nos preocupa, colocando-nos em “menos de um fósforo”, de um qualquer lado, de uma qualquer barricada. Perigoso, digo eu, quando as pessoas não se resignam. E não devem!

Alguém terá dito, que retornaremos aos anos 70…antes de 1974.

Não tenho grandes dúvidas, dadas as dificuldades emergentes de uma Europa incapaz de resolver os seus problemas.

Todos gastaram mais do que deviam, Talvez. Mas o Estado, de tempos a tempos “incolor”, tratou de empurrar o comum dos cidadãos para um beco sem saída.

Dizia um imbecil – por acaso do meu Partido, que dos outros também os há – que no limite a culpa era dos portugueses. Porque, dizia o cretino, quando os “autarcas e os governantes diziam que iam fazer piscinas ou pavilhões”, os cidadãos deveriam dizer que não queriam. Pois. Não querem acreditar pois não? Também eu não queria…

Brilhante. Brilhantíssimo. Brilhantina. O típico “marmelo” que, só se senta na primeira fila da Assembleia, da República, leia-se, porque é de “atrás do sol posto” e assentou arraiais na capital. Como naquela altura – lá vão uns anitos – saber ler sem gaguejar era um dos critérios, lá veio o gajo na cheia. Ah; mas ainda punha o dedito para acompanhar a palavra… soletrando é certo, mas como não trocava os bês pelos vês…nem o contrário, arribou!

Acabou a garotice. Vamos ao que importa.

Todos pagamos impostos. Lá estou eu outra vez na garotice. Quase todos pagam impostos. Não será que, por tal facto, os direito fundamentais – os que determinam a sobrevivência humana – não deveriam estar garantidos?

Sou de opinião que a saúde, a educação e a segurança social são bens fundamentais e determinantes para que as pessoas produzam mais e melhor. Barack Obama percebeu rapidamente que um dos mais graves problemas dos Estados Unidos era o facto dos trabalhadores não terem acesso a assistência médica. Pessoas debilitadas não podem produzir o desejável.

Também os nossos jovens, todos, deverão ter acesso a um ensino de qualidade. Excelentes alunos deixarem de frequentar as universidades por falta de verba, é um crime que se está a cometer contra o futuro do País.

Mas que dizer, também, da falta de perspectiva que os portugueses hoje têm do seu sistema de segurança social? Será que, instalando-se a dúvida, estarão estimulados para novas formas de desenvolvimento?

Nada disto me parece bem. Que esteja a ser devidamente planeado. Parece-me sobretudo, que a pressa com que muitas medidas são tomadas, têm como objectivo aparecer aos “senhores” como meninos bem comportados. Somo-lo, não tenho nenhuma dúvida, mas a gravidade da situação merece um novo método de intervenção.

A capacidade de resiliência dos portugueses é enorme. Já o demonstraram em muitas ocasiões. Mas é preciso lançar agora, mesmo em período de aperto financeiro, as bases para um futuro diferente.

Navegar à vista não é um bom processo. Nunca foi nem nunca será. Por isso gostaria, gostaria mesmo, de ter a certeza que “a coisa vai lá”!

O futuro constrói-se hoje, agora…e sempre!

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