Opinião – Em política os ódios “matam”… como na vida!

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Luís Santarino

Luís Santarino

A não ser uma classe privilegiada, para quem as crises são um factor de lucro obsceno, a grande maioria dos cidadãos vive com grandes dificuldades.
A aldrabice institucional passou a fazer parte do discurso político.
Nunca tal me passaria pela cabeça, ainda que, com tantos anos de vida política e social já tivesse obrigação de o saber. Aliás, até perceber! Só que, e há sempre um só que, a esperança é a última a morrer.
A campanha eleitoral para as eleições europeias é inentendível. Imperceptível. Estupidamente idiota.
A agressividade discursiva dos protagonistas é algo que me preocupa.
Os argumentos apresentados nada justificam e explicam opções europeias, mas nacionais. Todos perceberam que os portugueses não querem saber da Europa, porque a Europa deixou de querer saber dos portugueses.
Foi esta Europa decrépita e falida que agudizou a vida dos cidadãos, cujo presidente foi o elo de ligação entre a mentira e a austeridade.
Vivemos o drama do agudizar do discurso. O diálogo democrático poderá estar em causa, porque o ódio lhe fecha as portas.
Já todos percebemos como “isto” vai acabar em 2015. Ou o PS fará um acordo com o PSD ou o PSD fará um acordo com o PS. Já o tinha escrito no início desta governação e afirmo-o agora. Se concordo ou não é coisa que não interessa… mas é assim que vai acabar!
O Partido Socialista vive um drama imenso. Sabe que não poderá anunciar que fará um acordo com o PCP e, ou, BE, porque estava a hipotecar a vitória nas eleições europeias e legislativas, e não poderá dizer que espera ir de “braço dado” com o PSD para um próximo Governo.
O Partido Socialista caminha, como sempre caminhou, sozinho, entre a direita que pode ser governo e uma “eventual” esquerda que nunca o quererá ser. Ou seja, o PS está condenado a “atirar” para todos os lados se não quiser estar sempre na defensiva.
O Partido Socialista é alvo, de forma sistemática, das críticas de todos. “Um contra todos” é difícil de vencer, mas a esperança, a tal esperança, é a última a morrer!
A vantagem dos socialistas e de António José Seguro, é que a “malta” uniu-se e o desespero tomou conta das hostes adversárias. Apenas com um senão e que lhe poderá sair caro; abriu demasiado “as portas” a independentes cujo peso político é discutível hoje, nos dias de hoje, têm menos votos do que eu!
Nenhum deles saiu a bem, nenhum deles saiu porque perdeu em combate. Todos eles saíram porque deixaram de ter protagonismo. Ou melhor, porque lhes retiraram protagonismo. Se calhar, porque os conheciam bem!
O PS parece um albergue, e pior, alberga tudo o que é mau, tudo o que “está na jarra”, tudo o que não traz mais valia política ou ideológica.
O Partido Socialista vai ganhar estas eleições europeias mesmo que os pesos pesados do PSD entrem em cena.
O PSD tratou os portugueses “abaixo de cão” sem nenhuma justificação aparente. Governaram sem sentido de futuro; pouca solidariedade com quem trabalha, sem respeito pelos idosos, pelos jovens e crianças!
Não é por acaso que os mais ricos estão mais ricos, e os nossos vizinhos…mais pobres!
A sociedade não se trata assim.

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