Depois de ter recebido Manuel Alegre e antes de receber Cavaco Silva, no âmbito da campanha eleitoral para as presidenciais, o reitor da Universidade de Coimbra, Seabra Santos, esteve ontem de manhã à conversa, durante uma hora, com o candidato Francisco Lopes.
Ouviu o candidato apoiado pelo PCP/PEV criticar aquilo que disse ser o “estrangulamento financeiro e subfinanciamento” do ensino superior, o que “leva a um encarecimento dos custos do ensino” para os estudantes e dificuldades em “fixar um corpo de docentes e investigadores”.
À saída, o reitor não prestou declarações, mas o candidato presidencial fez questão de sublinhar que a política do Governo para o ensino superior conduz a “um caminho contrário à Constituição”, pelo que cabe ao presidente da República que vier a ser eleito “fazer cumprir os princípios da Constituição que não estão a ser aplicados”.
O mandatário distrital da candidatura, Avelãs Nunes, docente da Faculdade de Direito, constatou que a “universidade tem sido muito mal tratada”, acrescentando que os jovens, mesmo os licenciados, “não podem estar acomodados ao destino de serem a geração dos 500 euros”.
No encontro com a Associação Académica de Coimbra, Francisco Lopes denunciou o “aumento brutal do custo do ensino” através do pagamento das propinas, e os cortes nas bolsas.
“É preciso uma perspetiva de desenvolvimento que integre todos os jovens que são formados nas universidades do nosso país, dando-lhes alternativa de emprego e evitando esta sangria de um novo ciclo de imigração”, defendeu o candidato.
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