Governo convoca empresários para o mercado global

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Tal como na gestão lá de casa, também na governação do país só ganhando mais dinheiro e gastando menos é possível fazer investimentos e pagar os créditos bancários. O mais estranho é que os sucessivos governos de Portugal não tenham feito desta regra a base da sua atuação, só agora acordando para a negra realidade.

Todavia, a economia real virada para as exportações não parou durante este tempo. As grandes empresas, os grupos económicos e as Pequenas e Médias Empresas (PME) têm-se esforçado para avançar para a internacionalização procurando a ajuda da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (aicep).

PME ficaram de fora

Para assinalar esta dinâmica, o primeiro-ministro reuniu-se há uma semana com as maiores 11 empresas exportadoras, três delas com sede na região Centro: Soporcel (Figueira da Foz), Peugeot-Citroen (Mangualde) e BA Vidros (Marinha Grande). Foi “para construir um ambiente de cooperação entre o Estado e as empresas, de forma a potenciar as exportações”, sublinhou José Sócrates, mas o empresário Henrique Neto, de Leiria, acusou-o de desconhecer a realidade das exportações, acrescentando que “a exportação portuguesa é feita essencialmente pelas PME; são essas que deviam ser mais apoiadas e que deveriam reunir com o primeiro-ministro, porque são elas também as mais necessitadas”.

Sustentando que as exportações “são decisivas no próximo ano para o crescimento”, Sócrates realça o bom andamento nos primeiros nove meses deste ano, traduzido num aumento homólogo de 14,5 por cento.

Na região Centro, para além das três unidades industriais já referidas há outros grupos económicos que estão a investir cada vez mais no mercado global: a Martifer (Oliveira de Frades) acaba de anunciar protocolos de venda de energia fotovoltaica para fornecimento da cidade norte-americana de Los Angeles; o Grupo Lena, com sede em Leiria, assinou há dois meses um contrato para a construção de 12.500 habitações pré-fabricadas na Venezuela; e o Grupo Visabeira acaba de regressar do México onde está a preparar parcerias nas áreas das infraestruturas da energia.

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