BE diz que saída de Encarnação é “jogada de tacticismo político”

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O Bloco de Esquerda diz que o eventual abandono de Carlos Encarnação de presidente da Câmara de Coimbra é uma “mera jogada de tacticismo político partidário” para abrir caminho ao seu vice-presidente João Paulo Barbosa de Melo.

Em comunicado, o órgão concelhio daquela estrutura partidária afirma que “esta intenção, ao que tudo indica, não será determinada por qualquer razão de força maior que impossibilite Encarnação de concluir o mandato para o qual foi eleito”.

“O que se configura é um golpe de teatro palaciano, que mais não visa senão estender a passadeira vermelha ao seu vice-presidente, João Paulo Barbosa de Melo, preparando as condições políticas necessárias para catapultar a sua candidatura à presidência da CMC nas eleições autárquicas de 2013”, afirma.

Para o Bloco de Esquerda, a confirmar-se essa renúncia ela constituirá uma “quebra do compromisso político que assumiu quando foi eleito Presidente da Câmara Municipal de Coimbra, ludibriando, assim, as regras do jogo democrático eleitoral”.

“Os mandatos políticos sufragados não devem ser tomados de ânimo leve. Carlos Encarnação deverá explicar porque abandona a três anos do fim do mandato para o qual foi eleito como protagonista de um programa político. Se não tencionava cumprir o seu mandato não se devia ter candidatado”, conclui.

Entretanto, o presidente da Câmara já disse que que vai abordar, na próxima sexta-feira, abordar a questão do abandono do cargo, um assunto já assumido publicamente pelas forças políticas da coligação que o elegeu.

“Esse tema só na sexta-feira é que o tratarei”, respondeu o autarca social democrata, em Coimbra, quando interpelado no termo de uma receção de cumprimentos ao embaixador da Irlanda em Portugal.

O lugar de Carlos Encarnação deverá ser ocupado pelo atual vice-presidente, João Paulo Barbosa de Melo, filho do antigo presidente da Assembleia da República e histórico dirigente social democrata Barbosa de Melo.

Carlos Encarnação foi eleito em 2001, vencendo o então presidente da câmara Manuel Machado (PS), e reeleito em 2005 e 2009, no âmbito da ‘Coligação por Coimbra’, que integra o PSD, o CDS-PP e o PPM.

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