Opinião – Epicentro de inovação cultural à escala europeia

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Manuel Machado

Manuel Machado

Com o Convento São Francisco, Coimbra – e a Região Centro – passa a ter um equipamento que lhe dá possibilidade de estar no centro da inovação cultural portuguesa e europeia.

Mais do que o grande centro cultural, o que vai ser decisivo neste projeto é o que aqui vai ser feito.

Será o espírito das exposições que por aqui vão passar.

Será o arrojo dos espetáculos que, sem este projeto, não passariam pela Região – nem em muitos casos por Portugal.

Será a capacidade de trazer para aqui – mas também de construir, nas suas próprias residências artísticas – o insólito, o provocador, o que de mais desafiante tiver a produção artística mundial nos próximos anos.

Este complexo é dos poucos, em Portugal, que une as caraterísticas de grande sala de espetáculos, de grande área expositiva e de grande centro de congressos.

Com o projeto do Arq. Carrilho da Graça – e com o projeto do Arq. Gonçalo Byrne no que diz respeito à Igreja – O Convento São Francisco tem a singularidade de oferecer aos visitantes uma experiência única de entrelaçamento de património com contemporaneidade, uma mudança permanente de cenários e uma circulação, muito estimulante, entre espaços expositivos, residências artísticas, apresentações, seminários e colóquios, performances e grandes espetáculos de palco.

É, portanto, um espaço que tem todas as condições para acolher grandes exposições de artes plásticas do circuito internacional.

A partir de agora, para atrair e para comissariar essas exposições, o CCB e a Casa Serralves passam a contar com mais um parceiro – e, em certos casos, com um concorrente.

Estamos aqui para ombrear – digo isto sem falsas modéstias ou ambições desmedidas.

Para além de um grande centro cultural, o Convento São Francisco é, também, um grande centro de congressos e de apresentação de produtos à escala mundial.

Para além de se viabilizar enquanto estrutura, o Convento São Francisco será o epicentro de uma mobilização dos sectores económicos da cidade de Coimbra ligados à Universidade, ao turismo, à cultura, à hotelaria, à restauração e ao comércio, uma vez que um grande centro de congressos tem um potencial enorme para gerar atividade económica.

Também por isso, está em formação a instalação neste Convento do “Convention Bureau do Centro/Coimbra”, uma plataforma que una entidades como o Turismo do Centro, o Turismo de Portugal, associações hoteleiras, agentes de promoção turística, etc., para, em conjunto, aproveitar as oportunidades nas áreas do turismo e dos congressos proporcionada pela abertura deste novo equipamento.

Será também instalado no Convento o “Coimbra Welcome Center”, ou seja: o principal ponto de receção de todos aqueles que querem conhecer e visitar a cidade.

Por fim, é muito importante que fique sublinhado que o Convento de S. Francisco é um complexo de convergência e de inclusão. Não exclui nem os espaços da sua Universidade, nem o Teatro Académico Gil Vicente, nem o Teatrão, nem a Escola da Noite e a Cerca de S. Bernardo, nem o Conservatório de Coimbra, nem o edifício das Caldeiras, etc, etc.

Todos têm o seu lugar. Todos têm a sua função. Todos têm a sua vocação.

Todos são alavancas para introduzir na cidade mais cultura, mais artes, mais criatividade, mais inovação, mais ciência, mais turismo, mais cosmopolitismo.

Hoje Coimbra tem mais uma razão – e uma razão forte, estimulante – para que as pessoas cá venham – e cá fiquem!

Este é, do nosso ponto de vista, um típico projeto de uma nova geração de políticas autárquicas.

A partir de agora, nem Coimbra nem o país vão ficar iguais.

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