António Menano

Quando, em 1900, Freud publicou “A interpretação dos sonhos” criou as teorias mais completas e fascinantes, análises revolucionárias, à época, do mundo do onírico.

Não li todas as oitocentas páginas, mas fui dela tomando conhecimento, por sinopses, e outros estudos. Dou, a importância que merecem, quando deles me recordo, aos meus sonhos. Recentemente, na véspera dos atentados de Bruxelas, sonhei que era perseguido por um meu ex-vizinho, que me queria esmagar, não recordo exatamente se com uma pedra se por uma roda de carruagem de caminho-de-ferro.

Bush ao atacar a Hussein no seu ninho, os Estados Unidos, ao treinarem Ossama Bin Laden, e armarem os afegãos, e tolerarem a espionagem paquistanesa, que, segundo se pode ler, ajudou o criador dos mujahedin (ou lá como diz),aqueles que negoceiam com o petróleo e as antiguidades roubados pelo Daesh, e lhes vendem armas, são tanto ou mais responsáveis pelas matanças provocadas por fanáticos.

Há uma diferença enorme entre quem se faz explodir e quem ganha com o terrorismo: uns são indivíduos obnubilados, mercenários ou leitores enviesados do Corão, os outros são comerciantes, empreendedores na linguagem de alguns procurando o lucro, ou dito de outra modo, o funcionamento dos mercados.