A porta-voz do BE traçou como meta eleitoral de reconquistar os deputados perdidos em 2011 nos distritos de Braga, Coimbra, Santarém e Leiria, realçando que o Bloco é o partido que “está a crescer nestas eleições“.

“No domingo, o Bloco de Esquerda vai aumentar a sua votação em todos os distritos, nos distritos onde já tem deputados e deputadas, mas também em distritos onde teve e perdeu, não só em Braga, mas também estamos a disputar eleições em Coimbra com o José Manuel Pureza, em Santarém com o Carlos Matias, em Leiria com Heitor de Sousa”, disse Catarina Martins no comício que hoje decorreu em Braga.

Na opinião da porta-voz do BE, no domingo, o partido “pode fazer a diferença”, porque “é a força política que está a crescer nestas eleições”, reiterando que “está na hora de assumir a responsabilidade” e, como diz tanta gente na rua, “desta vez vai ser Bloco de Esquerda”.

“Cada deputado, cada deputada eleita pelo BE será uma voz para uma solução do nosso país que proteja o emprego contra os despedimentos, que proteja o salário contra o assalto, que proteja as pensões contra a destruição da Segurança Social. O nosso compromisso é claro. Não falhamos a ele”, disse.

Catarina Martins, que aproveitou o discurso no penúltimo dia de campanha para passar pelas principais bandeiras do BE, disse que “nenhum partido como o Bloco de Esquerda foi tão claro sobre as suas convicções, sobre sua determinação e sobre as suas responsabilidades”.

A bloquista acredita que é possível fazer diferente e para isso o partido conta “com todos que não desistem de Portugal”, deixando um apelo ao voto claro: “que ninguém fique em casa e que ninguém se arrependa”.

“Vamos à luta em todo o país, porque cada deputado e cada deputada, vocês sabem o que representa na Assembleia da República”, sublinhou.

O apelo ao voto por todos aqueles que foram obrigados a emigrar – os “485 mil que foram expulsos por PSD e CDS” – voltou ao discurso de Catarina Martins: “o apelo que vos faço é que votem em nome deles, que não fiquem em casa”.

O tema da emigração serviu de mote, aliás, para um ataque ao Governo liderado por Passos Coelho, que “tentou esconder até à última hora o relatório que diz que por ano emigraram 110 mil pessoas”.

A direita continuou a ser o alvo preferencial da noite, quando a porta-voz do BE considerou que este é “o partido das propostas transparentes”, ao contrário da coligação PSD/CDS-PP, cuja campanha tem sido feita de “enganos, a tentar esconder tudo”.